COMO NASCE UMA HERESIA ~ MISSÕES CRISTÃO

COMO NASCE UMA HERESIA


COMO NASCE UMA HERESIA

 Meus irmãos. Depois de sete dias em jejum e oração, tive uma visão. Jesus, montado no jumentinho, entrava em Jerusalém e, ao passar por mim, disse: - Filhinho, assim como este jumentinho está me carregando, ele carregará seus problemas para bem longe. Diga a meu povo que uma vez por ano, durante uma campanha de sete sábados, todos orem com uma réplica deste jumento nas mãos. Os que fizerem esse sacrifício com fé, serão prósperos.

 Por isso, iniciaremos na próxima semana a campanha do jumento. Nossos pastores estarão no templo, montados em seus asnos, para recebê-los. Vocês terão oportunidade de tocar e montar no jumentinho de Jesus. Mandamos fazer dez mil réplicas desse santo animalzinho. Todo o estoque está ungido. Por uma bagatela de cinqüenta a quinhentos reais, dependendo da opção, vocês poderão adquirir um exemplar. Temos modelos pequenos para serem pendurados no pescoço, e maiores, para serem montados na Igreja, na hora da bênção. Adquiram já o seu. No momento da montaria poderão até tocar a "trombeta para derrubar muralhas".

Conforme descrição dos jumentólogos, esse animal possui uma cruz no seu dorso, indicativa de que carregará sua pobreza para bem longe. O jumento será o seu "bode emissário". Leiam: "E Arão porá ambas as suas mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniqüidades dos filhos de Israel, e todas as suas transgressões, e todos os seus pecados; e os porá sobre a cabeça do bode, e enviá-lo-á ao deserto, pela mão de um homem designado. E assim aquele bode levará sobre si todas as iniqüidades deles à terra solitária; e deixará o bode no deserto" (Lv 16.8,21,22). Portanto, a minha visão tem apoio bíblico. Mas é preciso uma palavra de poder. Montem seus jumentos e, ao terminar a oração dos pastores, determinem: Jumentinho de Jesus, eu te ordeno: leve a minha pobreza para longe. Ao fim dos sete sábados, todos os que adquiriram a imagem do eqüídeo receberão uma oração especial.

Assim nascem as heresias. As ovelhas apenas ouvem e obedecem. Tomara que essa visão ilustrativa não seja levada a sério e passe da ficção à realidade.
08.03.2004


COMO NASCE UMA HERESIA II 

Barbunção - O jumentinho voou nas asas da internet e aterrissou em lugares distantes. Tão próxima da realidade ficou a ficção, que dos Estados Unidos um pastor, perplexo, me perguntou se realmente eu acreditava no amuleto do jumentinho, como meio de adquirir prosperidade. Outro pastor, aqui do Brasil, pediu-me perdão por haver entendido que eu virara heresiarca. E teve um que me pediu permissão para usar o exemplo em aulas de hermenêutica. 

Como não fizera nenhum preâmbulo, pois iniciei o artigo com a pregação do suposto pregador, e levando em conta que somente nas duas últimas linhas disse que se tratava de uma ilustração, compreende-se a perplexidade de alguns. Mais de uma vez tive de dizer: Eu, heresiarca? Jamais.

Como vimos no exemplo do jumentinho, as heresias não raro vêm associadas a algum relato bíblico. No caso em tela, recorri à figura do “bode emissário”. Tenho plena convicção de que essa heresia seria bem recebida se apresentada por um líder carismático.

Não se pode descartar a possibilidade de existir algum interessado, a matutar com seus botões: “Sabe que é uma boa idéia!? Como não pensei nisso antes!?”. Um bem-humorado irmão me alertou sobre um possível plágio; a idéia poderia ser roubada. Ora, patentear uma heresia para evitar cópia seria um caso único na história das religiões, além de muito curioso. Eu não faria tal coisa. Os heresiólogos ficariam atônitos sem saber como explicar tal fenômeno.

Apenas imaginei como as heresias surgem. Determinados grupos usam pirâmides, cristais, símbolos, pulseiras, figas e penduricalhos diversos. Com engenho e arte é possível conseguir uma razoável diversificação na produção de novos amuletos.

O interesse de um professor em usar o exemplo do jumentinho em aulas de hermenêutica, animou-me a continuar dando outros exemplos, utilizando somente emblemas bíblicos. O objetivo é alertar crentes e não crentes contra a palavra enganosa. Vejamos mais um exemplo de “como nasce uma heresia”.

Está escrito na Bíblia: “Oh! quão bom e quão suave é que os irmãos vivam em união. É como o óleo precioso sobre a cabeça, que desce sobre a barba, a barba de Arão, e que desce à orla das suas vestes” (Salmo 133.1-2). Além disso, Deus ordena que os homens não danifiquem “as extremidades da barba” (Lv 19.26). Fazendo a vontade do Criador, os anciães de antigamente conservavam barbas bem compridas. A queda de Adão e Eva levou os homens a serem desobedientes. Por isso, se apresentam hoje de cara lisa, imberbes, sem nenhum temor a Deus. Voltar à austeridade dos velhos tempos é um imperativo divino. Num sonho que tive, um velhinho de barbas brancas como a neve se aproximou de mim e disse: “Deixai crescer a barba, nem que seja apenas simbólica. Você é o meu mensageiro. Entrego-lhe a responsabilidade de avivar a minha Igreja. Não temas, eu estarei sempre com você”. Fiquei trêmulo e quase desmaio.

Daí porque, meus fiéis seguidores, vocês deverão doravante usar uma barba simbólica. Uma barbicha ficará muito bem. O prazo para a formação da barbicha será de trinta dias, ao fim dos quais vocês se apresentarão no templo para receberem a unção da barba, a barbunção. Sete gotas de óleo ungido serão derramadas sobre cada barbicha. A partir daí, a unção será renovada a cada trinta dias. Como está dito no Salmo 133, a barbicha será símbolo de união entre os irmãos.

As mulheres estão dispensadas dessa obrigação por óbvias razões. Todavia, deverão ostentar um broche com uma barbicha estilizada, símbolo de união conjugal estável. Vocês sabem que a união faz a força e a força produz prosperidade. Todos devem atender ao chamado de Deus, sob pena de serem atacados por gafanhotos devoradores que devorarão seus bens, suas rendas, sua paz.

Colocaremos cem mil broches à disposição das mulheres que nunca negaram sua fé. Não será desta vez que negarão a Cristo. Esses símbolos podem ser adquiridos pelo preço simbólico de cinqüenta reais. Os broches folheados a ouro custarão de quinhentos a mil reais. Qualquer sacrifício é válido para ganharmos a vida e a vida Eterna.


COMO NASCE UMA HERESIA III

O cristianismo explica que a miséria humana teve origem na queda do homem, em razão de sua desobediência. Deus fez o homem perfeito. Quando Ele concluiu a criação do homem, disse que era MUITO BOM. A desobediência do primeiro casal levou a humanidade a passar por sofrimentos. E o maior defeito não é o físico; é o espiritual.

Assim como uma mangueira produz sempre manga, a desobediência do primeiro casal alcançou toda a humanidade. A rebeldia gerou rebeldia. "Todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus, pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram" (Rm 3.23, 5.12). Somos herdeiros dessa natureza pecaminosa, porém "a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo é para todos os que crêem"; por isso, somos "justificados gratuitamente por Sua graça, pela redenção que há em Cristo Jesus" (Rm 3.22,24). A nossa esperança não está aqui na Terra, mas no céu. Lá, não haverá lágrimas nem defeitos físicos, nem fome.

Não raro somos desafiados a explicar a razão pela qual Deus, sendo bom, permite o nascimento de crianças defeituosas. É mais ou menos a mesma coisa que perguntar por que Deus, sendo bom, criou o mal. Deus criou o homem com possibilidade de obedecer ou desobedecer. Isto é, com livre arbítrio. Deus não quis criar um ser autômato, um fantoche totalmente dirigível. Se Deus é amor, se Deus é bom, logo, Ele não criou o mal. Ao buscar a razão do sofrimento humano em vidas passadas, a teoria da reencarnação apresenta uma explicação diferente da do cristianismo.

Sobre as crianças que nascem defeituosas, convém sabermos que um corpo saudável, perfeito, sem dores não é sinônimo de felicidade e paz. Há cegos e paralíticos que são mais felizes do que pessoas sem nenhum problema físico. Há ricos que se suicidam e pobres que são plenamente felizes. A paz é um estado de espírito, e não uma condição material.

A paz verdadeira nasce da comunhão com Deus, pela aceitação do senhorio de Jesus, que assim nos prometeu: "Deixo-vos paz, a minha paz vos dou. Não vo-la dou como o mundo a dá" (Jo 14.27) Isto vale para cegos, aleijados e portadores de qualquer enfermidade. Daí afirmarmos que uma pessoa cega, surda e muda pode ser feliz, pode ter seus pecados perdoados, ter paz e ser salva. Ainda que esteja no leito de morte, passando por muito sofrimento, a pessoa pode sentir essa paz. As novas vidas corpóreas e novos sofrimentos, para garantir perfeição e paz, são um vôo no escuro. Ninguém sabe quando findará o ciclo morte-nascimento. Tudo é incerto. Não há paz na incerteza. O cristianismo oferece uma alternativa melhor, pois basta crer que Jesus Cristo é o Filho de Deus, que morreu e ressuscitou ao terceiro dia, que é Senhor e Salvador; basta crer, obedecer e continuar na fé. Basta isto para ser salvo. O ladrão na cruz não precisou morrer muitas mortes e viver muitas vidas. Crer foi o suficiente. Apesar do terrível sofrimento da crucifixão, morreu na certeza da paz celestial. As pedradas que sofreu Estevão, o mártir, não foram capazes de subtrair sua paz. Sei que tal verdade soa como insanidade aos ouvidos de muitos, pois "a palavra da cruz é loucura para os que perecem, mas para nós, que somos salvos, é o poder de Deus" (1 Co 1.18).

Sabermos exatamente como o orgulho e a vontade de desobedecer tiveram origem em seres bons, criados por Deus, a exemplo dos anjos e do homem, é um problema insolúvel que somente na glória nos será revelado. Enquanto peregrinos nesta vida, enxergamos com certa dificuldade as realidades espirituais. Vemo-las embaçadas, como se as olhássemos através de um espelho (1 Co 13.12).

Quando o pecado entrou no mundo, entrou também a dor, a tristeza, o conflito. "Deus disse à mulher: Multiplicarei sobremodo os sofrimentos da tua gravidez; em meio às dores darás à luz filhos". E a Adão: "Em fadigas obterás dela [da Terra] o sustento durante os dias de tua vida". Se Deus é bom, por que Ele disse isso ao primeiro casal? Ora, Adão e Eva eram puros, sem pecado.

Sua folha corrida estava limpa. Como a teoria da reencarnação explica o sofrimento do primeiro casal, se não em decorrência do pecado? Adão e Eva não haviam passado pela experiência de vidas anteriores. Para aperfeiçoamento? Não, não foi. Está mais do que claro que seus sofrimentos, estabelecidos por Deus, não foram em decorrência de desvios em vidas anteriores. Sei que para os evolucionistas estas considerações não fazem o menor sentido. A Bíblia diz que pela ofensa de um homem (Adão) entrou o pecado no mundo. A pior lepra não é a de cunho físico; é o pecado, isto é, a desobediência a Deus. Deus é BOM, mas castiga e repreende. A prova está no que aconteceu com o primeiro casal.

O espiritismo acredita que Deus não "manda um filho seu para o inferno" porque Ele é amor.

Realmente Ele não manda. Os homens maus, de corações duros, é que, no uso de seu livre-arbítrio, caminham em direção ao inferno. Portanto, o sofrimento passou a fazer parte da vida. O próprio Deus soberano assim o quis. Não podemos ser materialistas a ponto de acharmos que os defeitos físicos são os que nos causam maior sofrimento e prejuízos espirituais. Vejam o que disse Jesus: "É melhor que se perca um dos teus membros do que seja todo o seu corpo lançado no inferno" (Mt 5.29). O que dizer da inveja, do ódio, da mentira, do orgulho, do adultério, da idolatria? Perguntemos então por que Deus, em tudo perfeito e bom, permite que os homens odeiem uns aos outros e consintam na prática do aborto, em que crianças inocentes e sem defesa são assassinadas. Por que Deus permite a existência de enfermidades como a AIDS e o câncer que têm dizimado milhões de vidas? A teoria da reencarnação tem respostas para todos os casos? A reencarnação é injusta na medida em que acredita que tudo nesta vida está determinado. As decisões anteriores selaram nosso presente destino. Não há nada que possamos fazer. Nessa situação, não há esperança. Nada há que fazer para mudar essas condições. A reencarnação é fatalista. Nada se pode fazer por uma pessoa que sofre, pois estaríamos retardando seus passos rumo à perfeição. O cristianismo apresenta o perdão e a promessa de uma vida futura, não cheia de incertezas, mas de plena paz. A salvação do ladrão na cruz é exemplo. "Hoje estarás comigo no paraíso". A felicidade de saber que seguiremos para o céu em nada se compara aos sofrimentos desta vida. Mais uma vez apresento o exemplo de Estevão, o mártir. Ele estava sendo apedrejado, mas, revelando possuir paz no coração, olhou para o céu e entregou seu espírito ao Senhor Jesus.

A teoria da reencarnação empurra o sofrimento para existências futuras, tantas que o espiritismo não sabe quantificar. Vejam: "O número de reencarnações é o mesmo para todos os Espíritos?". Resposta: "Não. Aquele que avança rapidamente evita provas. Contudo, essas encarnações sucessivas são sempre muito numerosas, porque o progresso é quase infinito" (Livro dos Espíritos, Allan Kardec, cap. IV, item 169).Portanto, de acordo com essa teoria ninguém sabe ao certo se alcançará a tão sonhada perfeição.

Pela essa teoria, os sofredores não sabem por que ou por quem estão sofrendo. Sequer se lembram das vidas passadas. Estão condenados a sofrer infindas encarnações, mas não sabem como, onde, quem, porque e quando. O inocente, manso de coração, mesmo que não faça nenhum mal nesta vida, terá que sofrer para ser melhor na próxima existência.

O sofrimento de Jesus, a partir do seu nascimento, é uma prova de que as vicissitudes desta vida não têm a finalidade de limpar as impurezas em vidas anteriores. Como Ele foi definido como "Espírito Puro", enviado em missão divina para ensinar aos homens uma superior moral, tudo conforme imaginou Allan Kardec, seu caso não pode ser enquadrado na teoria da reencarnação (Veja "O Espiritismo e o Sofrimento de Jesus"). Ele não é e não era um ser imperfeito. Não havia o que aperfeiçoar nEle. Por que sofreu? Seria para que servisse de exemplo? Exemplo? Devemos todos ser crucificados por uma causa nobre? Não.

A teoria da reencarnação não mostrou que funciona na prática. Apesar dos avanços tecnológicos e das inúmeras encarnações ao longo de milhares de anos a humanidade continua sofredora. A fome está aumentando. Ou fome não um sofrimento muito maior do que um defeito físico? Não se nota expressiva melhoria de ordem moral na raça humana. Os incontáveis ciclos morte-nascimento deveriam ter produzido melhoria considerável, pois muitas vidas já estariam quase atingindo a perfeição, ou sofrendo a última encarnação. Então seria o caso de não existirem tantas guerras, epidemias e fome. Quando chegará a tão sonhada perfeição da humanidade, conquistada por inúmeras encarnações? Leiam: "Qual o objetivo da reencarnação?" Resposta: "Melhoramento progressivo da Humanidade" (Ibidem, cap.IV, item 167). A tese de que a humanidade caminha para a perfeição moral contraria as palavras de Jesus sobre a situação futura. Vejam:

"Nesse tempo, muitos se escandalizarão, trair-se-ão mutuamente e se odiarão uns aos outros. Surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos. E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de quase todos esfriará" (Mt 24.9-12).

É bom lembrar que Jesus, segundo o espiritismo, é o Espírito Puro que veio com missão divina, enviado por Deus para nos ensinar. Ora, ao falar em "princípio das dores" (Mateus 24), Jesus nos revela que os problemas da humanidade, tais como as dores de parto, serão intensificados na medida em que o fim se aproxima. Quando o espiritismo diz que cada encarnação é um passo rumo à perfeição - e só se pode entender isso como perfeição moral - está afirmando algo que destoa do ensino do Mestre dos mestres. O ensino da perfeição de todas as almas indica que a humanidade atingirá um considerável desenvolvimento moral. Quando? A palavra de Jesus se apresenta na contramão de tal proposta. Ele assegurou que as coisas vão piorar. "O princípio das dores", como nas dores de parto, significa dores maiores e mais freqüentes com o passar do tempo. O cristianismo explica que há um fim para o sofrimento da humanidade. No espiritismo não há um fim à vista.

A reencarnação do espiritismo científico ensina que a ressurreição de Jesus não foi possível porque a ciência não pode explicar como dar vida a um corpo em estado de putrefação. Ora, Jesus foi o único homem que predisse a própria ressurreição e afirmou que passaria só três dias no sepulcro. Por tudo que Ele fez e ensinou, está provado que não era mentiroso, impostor ou lunático. Se desejarmos explicar a Sua ressurreição via ciência, nunca encontraremos respostas.

Assemelha-se ao esforço, que dura décadas, de encontrar o "elo perdido", o meio termo entre homem e macaco.

O espiritismo argumenta que na reencarnação está a resposta para pessoas que já nascem com dons especiais, tais como pintores, músicos, escritores, etc. Alega que a razão disso é a experiência em vidas passadas. Leiam: "Qual a origem das faculdades extraordinárias dos indivíduos que, sem estudo prévio, parece que têm a intuição de certos conhecimentos, como línguas, cálculo, etc".

Resposta: 'Progresso anterior da alma, do qual, entretanto, ela não tem consciência" (Ibidem, cap. IV, item 219). Todavia, se fizermos uma pesquisa mundial veremos que as grandes fortunas, os talentos, o aprendizado se verificaram em vida, depois de muito trabalho e dedicação. Tal situação está conforme as palavras de Deus: "Do suor do teu rosto comerás o teu pão" (Gn 3.19). O homem iria multiplicar-se, adquirir experiência, inventar objetos facilitadores dos trabalhos manuais, arar a terra e fazer plantações, inventar a roda, organizar-se. Deus estaria presente distribuindo dons. Todos os dons são recebidos de Deus. Até a vida eterna é dom gratuito de Deus (Rm 6.23). A fé é dom de Deus (Ef.2.8). Deus capacitou Bezalel e Aioliabe e lhes deu sabedoria, entendimento e criatividade para serem artífices da obra do tabernáculo (Gn 31.1-6). Estes homens não adquiriram tais dons em vidas anteriores. Então, tudo que temos ou foram adquiridos em vida, pelo estudo e dedicação árdua, ou recebemos diretamente de Deus.

Os reencarnacionistas acreditam que o indivíduo é um deus, na medida em que crêem na salvação pelo esforço próprio. Essa doutrina é contrária à do cristianismo. Jesus disse que quem nele crê tem a salvação. Ao falar assim Jesus se colocou como objeto de fé, igualando-se ao Pai. Somente Deus pode salvar. O homem não salva a si mesmo. O ladrão tinha tudo para SOFRER milhares de encarnações até atingir o estado de perfeição, mas pela fé e arrependimento foi ali mesmo justificado e perdoado. O cristianismo ensina que não podemos alcançar a salvação por nossos méritos, mas sim pela graça que nos é dada mediante a fé em Jesus.

A reencarnação opera num mundo diferente. O viver na terra será sempre uma punição. A esperança ensinada pelo espiritismo reside no fato de deixar este mundo e seus ciclos de vida, morte e renascimento, embora, como vimos, esse ciclo seja "quase infinito". Segundo essa tese, a salvação consiste em libertar-se do corpo, como uma borboleta liberta-se do casulo. Após a última encarnação, o espírito estaria livre. O corpo seria um trampolim para o aperfeiçoamento.

Deus não aprova isso. No cristianismo, a salvação é algo que se possui neste mundo. A nossa salvação se dá em vida, ainda no corpo, apesar dos sofrimentos, e se completa na morte. Nosso corpo está incluído na obra de redenção: "...também gememos em nós mesmos, aguardando a adoção, a saber, a REDENÇÃO DO NOSSO CORPO" (Rm 8.23). O corpo, para o cristianismo, ao contrário da crença espírita, não é um invólucro descartável e desprezível. Quando Deus fez o homem o fez à sua imagem e semelhança.

A teoria da reencarnação é antibíblica na medida em que assegura, embora sem base científica e sem provas, que no ciclo da vida há várias mortes e vários nascimentos, ou seja, morremos e prosseguimos morrendo vezes sem conta. A Bíblia diz que os homens morrem UMA SÓ VEZ (Hb 9.27).

O próprio Jesus, um "Espírito Puro", segundo o espiritismo, ensinou, através da parábola do rico e Lázaro, que imediatamente após a morte o espírito segue para o céu, se justo, ou para um lugar de tormentos, se injusto (Lc 16.19-31). Através dessa parábola, Jesus nos ensinou uma realidade espiritual. Disse Ele que Lázaro morreu e foi levado pelos anjos para o seio de Abraão. Lázaro, o mendigo, não precisava mais de nenhuma reencarnação? O ladrão na cruz e Estevão não precisaram voltar ao sofrimento terreno. O profeta Elias foi trasladado para o céu (2 Rs 2.11).

A reencarnação é antibíblica, ainda, na medida em que não admite um Juízo Final. Não há julgamentos no espiritismo. Mas Jesus ensinou a respeito de um dia de juízo, em que todos serão julgados. Vejam:

"Mas eu vos digo que de toda palavra frívola que os homens proferirem hão de dar conta no dia do juízo" (Mt 12.37). Onde está o dia de juízo na reencarnação, se todos caminham inexoravelmente rumo à perfeição?


COMO NASCE UMA HERESIA IV

Sandalhaço e DobradinhaEstive orando três dias e três noites no monte. Pedi a Deus que me mostrasse o caminho para o avivamento de sua igreja. De repente, fui levado em espírito para o céu. Lá estavam reunidos o Pai, o Filho e o Espírito. Não via rosto nenhum. Eram três luzes que me ofuscavam e se fundiam numa só. Não ouvia três vozes, mas uma só. Compreendia perfeitamente qual dos três estava falando comigo. A comunicação era apenas mental.

A Luz, representando o Filho, aproximou-se mais de mim e me disse – “Meu irmão, você está encarregado de uma grande missão. Ouvi a sua súplica. Vou usá-lo como vaso de honra para reavivar o meu povo que padece por falta de sacrifício. O sacrifício que ordeno agora é o do dízimo duplo, isto é, não mais dez por cento, mas vinte por cento. Lance uma grande campanha com o título “A dobradinha santa do dízimo”. Todos os anos, nos meses de fevereiro, junho e novembro, meus irmãos deverão participar da dobradinha santa. Lembre-lhes que colhe mais quem mais semeia”.

A Luz também me disse que nos meses da dobradinha os que aderirem à campanha, homens, mulheres e crianças deverão calçar sandálias. A vitória é certa para quem usá-las. Abrir-se-ão as portas; os caminhos ficarão mais largos, as dificuldades menores. As sandálias transmitem energia positiva e afastam a negativa. O pai do filho pródigo, quando este retornou, deu-lhe de presente sandálias novas (Lc 15.22). “João Batista disse que não era digno de desatar a correia das minhas sandálias”, disse a Luz.

Agora, meus amados, vamos às instruções. O próximo mês de fevereiro é o primeiro da dobradinha e do sandalhaço. Vamos mostrar que somos o povo escolhido de Deus. Não haverá salvação para quem ficar de fora. A partir de janeiro, colocaremos à disposição dos fiéis 500.000 pares de sandálias de várias cores e tamanho. Os preços variam de R$15,00 a R$70,00.


Foram feitas em couro de camelos do Egito, por onde o povo de Deus peregrinou por quarenta anos.
É couro abençoado. Estas custam mais caro. Para os menos exigentes, temos sandálias em couro de bode do riquíssimo e abençoado sertão nordestino.

As sandálias deverão ser calçadas no primeiro dia do primeiro mês da campanha, e somente deverão ser retiradas no último dia do mês. Somente o usuário poderá atar e desatar as correias das sandálias. Assim como Jesus se colocou em nosso lugar na cruz, vocês devem fazer esse sacrifício, isto é, usar um calçado que foi usado por Ele. É um ato de gratidão. Lembrem do que está escrito: “Sede imitadores de Deus, como filhos amados” (Ef 5.1). Jesus pede que todos façam esses dois sacrifícios: a dobradinha do dízimo e uso das sandálias. Muito mais ele fez por nós.

Nossos adversários irão dizer que isto é uma heresia. Não dêem ouvidos a tais comentários. Sempre haverá os inimigos da fé, os falsos mestres a ensinar heresias destruidoras.
Vocês viram que tudo que falamos aqui é bíblico. No período da campanha, nossos pastores também estarão participando do sandalhaço. Só do sandalhaço.


COMO NASCE UMA HERESIA V

O Machado da Prosperidade
A situação daqueles homens era desesperadora. O ferro do machado, com que cortavam a madeira para a construção de uma habitação, caiu na água (2 Reis 6.5).

Talvez você esteja enfrentando o mesmo problema em sua vida. Sua vida financeira está arruinada. Você está sem forças até para lutar. A sua única fonte de renda, o emprego, foi perdida. Seu desespero é semelhante ao daqueles homens. O seu machado caiu. A sua fé desapareceu.

Assim como Eliseu fez flutuar aquele machado, nós iremos fazer reaparecer a sua fé. Você será restabelecido no seu emprego e sua vida espiritual e financeira será reconstruída. Veja o relato da Bíblia: “Perguntou o homem de Deus [Eliseu]: Onde caiu? Mostrando-lhe ele o lugar, Eliseu cortou um pau, lançou-o ali, e fez flutuar o ferro” (v.6).

Iremos usar a mesma fé de Eliseu para fazer flutuar a sua prosperidade. Você poderá achar que tudo foi de água abaixo, que não há mais condições de reaver seus bens, seu emprego, sua paz. Agora, ouça o que você precisa fazer. No próximo mês lançaremos a campanha do “Machado da Prosperidade”. Os que dela não participarem perderão a bênção.

Iremos instalar no templo a “Máquina de Flutuação de Machados – MFM”. No seu interior estarão duzentos mil pequenos machados de plástico, de quatro centímetros de comprimento, fabricados em Jerusalém e, portanto, já ungidos na origem. A MFM, do estilo caça-níquel, será acoplada a um pequeno tanque com água. Ao ser acionado um botão, imediatamente um machadinho flutuará no tanque ao lado. Esse será o seu “Machado da Prosperidade”. Guarde-o com carinho. Ele poderá ser usado como broche, guardado na carteira ou colocado dentro de um copo dágua benzida. Se usado na água, deverá ficar exposto na sala principal da casa durante sete semanas. Durante esse tempo não será tocado por ninguém. Findo esse prazo, ele estará superungido. Em razão de sua leveza, o machadinho flutua sem problema. Ele será a materialização de sua fé. Daí para frente é só contar as moedas. Você será próspero.

Talvez você esteja indagando: E a oferta? Pensou bem. Vocês já sabem como funciona. A pergunta revela bom condicionamento. O sacrifício da oferta é indispensável. Antes de acionar o botão da MFM, você depositará no lugar indicado vinte moedas de R$1,00. Ao tilintarem as moedas na caixa, a bênção sobe. Para atender a demanda, a MFM funcionará 24 horas, durante os trinta dias da campanha. As máquinas serão instaladas nas dez maiores capitais do Brasil, e possuem mecanismos que permitem a imediata contagem das santas ofertas. As moedas são mecanicamente acondicionadas em sacos plásticos de até duzentas unidades, lacrados com o símbolo de nossa congregação. Um carro-forte ficará à disposição para, ao final do dia, transportar o numerário para um banco, onde será feito o santo depósito da Casa do Tesouro.

Os machadinhos da prosperidade poderão ser entregues em domicílio. Para isso ofereceremos três opções: reembolso postal, depósito prévio em conta a ser anunciada e cheque pré/30 dias. Esta opção será válida somente para aquisição superior a dez machadinhos.

Até hoje nenhum de nossos lançamentos permaneceu em vigor por mais de quatro meses, mas, se essa “heresia construtiva” vingar, daremos um prazo maior de validade. Alguém perguntará: Por que chamar de heresia o ungido Machado da Prosperidade? É para que vocês aprendam a se defender das investidas de nossos adversários. Quando disserem que tudo isto são heresias destruidoras, respondam: “Não, não e não. São heresias construtivas e nós estamos nos dando muito bem com elas”.

Alguém poderia perguntar: “O que fazer com as dezenas de objetos abençoados que já possuímos?”. Essa pergunta nem deveria ter sido feita. Nossos verdadeiros e fiéis seguidores não fazem perguntas. Os que fazem tal pergunta são pessoas de pouca fé. Não conhecem a Bíblia nem os desígnios de Deus. Vivemos de glória em glória, de luz em luz. A nossa vida espiritual se renova a cada dia. Diz a Palavra que vivemos em “novidade de vida”. Como é então que querem continuar com as coisas velhas? Ora, o que é velho já passou. Viva a cada dia uma nova unção. E essa nova unção está em suas mãos, agora, via “O Machado da Prosperidade”. E tem mais: para ser abençoado mais depressa, faço um voto de todo o seu salário do mês, no mesmo dia em que você for agraciado com o MP. Tome posse dessa bênção e seja feliz.



COMO NASCE UMA HERESIA VI

O Cinto da Verdade Este é o produto que estava faltando em sua coleção de objetos ungidos. São eles que nos transmitem bênçãos e com as bênçãos a prosperidade. São facilitadores de nossa fé. São como os trilhos de uma ferrovia. Deslizando por eles a locomotiva não sai da linha, segue rumo a um lugar seguro. 

Fico feliz quando visito meus seguidores e vejo em suas casas esses facilitadores. No alto da geladeira, o “jumentinho”. Lembram-se dele? Continua ali abençoando o lar. Junto a ele, o “Machado da Prosperidade” flutua dentro de um copo dágua. Olho para os pés do homem de Deus e vejo que ainda usa as “Sandálias de Jesus”. No rosto, ainda curte uma barbicha bem aparada e ungida.

Nosso Deus é um Deus de grandes coisas. Jamais se contentaria em que seu povo ficasse de braços cruzados, a olhar para o passado. Deseja que seus instrumentos de trabalho sejam renovados a cada dia. A batalha é constante. Não lutamos contra pessoas humanas, mas contra o Maligno. A Bíblia recomenda o uso de determinados apetrechos para que tenhamos vitória. Os que ficam de fora, os que duvidam, os murmuradores não serão abençoados. Leiam:

“Vistam toda a armadura de Deus, para poderem ficar firmes contra as ciladas do Diabo. Assim, mantenham-se firmes, cingindo-se com o cinto da verdade” (Ef. 6.10,14).

Eis a chave da vitória, do sucesso e da prosperidade. Com o cinto estaremos seguros e firmes na batalha contra o nosso maior inimigo. Ele, o Diabo, deseja sugar todo o seu dinheiro, se possível, todo o seu salário mensal. Pelo desejo dele, você ficaria sem nada para comer e daria tudo a ele. Mas estou aqui para fortalecê-lo. Chegou o “Cinto da Verdade”. Dê adeus aos problemas espirituais e financeiros. Você se sentirá seguro. Vamos todos amarrar Satanás. No exato momento em que você colocar o cinto ungido, sentirá um aperto no abdômen e um alívio no coração.

Ninguém pode negar que João Batista foi um homem abençoado. Não foi rico, mas também naquele tempo ele não precisava de dinheiro. Para quê? Ele vivia mesmo no deserto! Eis o relato bíblico: “As roupas de João eram feitas de pelos de camelo, e ele usava um cinto de couro na cintura” (Mt 3.4). Usava o quê? Um cinto de couro. Agora, nos tempos modernos, Deus orienta seu povo a usar o “cinto da Verdade” para afastar o inimigo.

Colocaremos 400.000 cintos à disposição dos fiéis. Foram fabricados com materiais diversos, de vários tamanhos e cores. Há cintos em couro de primeira qualidade; cintos de linho, largura e comprimento diferenciados. Para nossas santas mulheres mandamos confeccionar cintos em linho puro, produzidos com lã importada dos campos de Israel. O nosso Departamento de Lançamento de Produtos Ungidos – DELPU já ultimou as medidas de marketing para o lançamento em grande estilo. O Espírito me disse que quem não participar ficará desprevenido. Já imaginou você no templo vendo todo mundo com o Cinto da Verdade, e você sem?

O Espírito também me instruiu para não vender os cintos. Serão distribuídos gratuitamente. Mas há uma condição: o cinto só será entregue mediante um voto de trezentos reais. Se o seu salário for inferior a esse valor, vale um voto de menor valor, mas nunca abaixo de duzentos reais. Para este material, não receberemos cheque pré. Agora vamos às instruções de uso. Primeiro, durante os sete primeiros dias do mês de agosto de cada ano, todos os fiéis que desejarem participar do “cinturaço”, comparecerão ao culto cingidos com o “Cinto da Verdade”, o CV. O primeiro dia será o da unção. Os fiéis que fizerem e cumprirem o voto, receberão o CV. Depois ficarão de pé e receberão uma oração especial. Somente após a oração é que colocarão os cintos. Será um momento de grande emoção e alegria. Os demais, que não quiseram fazer o voto, ficarão sentados e envergonhados. Que Deus tenha misericórdia deles. Nos dias seguintes, todos os participantes continuarão freqüentando o templo e usando o CV. Até o fim dos sete dias os retardatários, os que se arrependeram de seus pecados e resolveram participar, têm chance de fazer o voto e receber o CV. Vamos lá, a nossa segurança está no cinto. Outro dia um irmão me perguntou: - A unção do cinto só dura sete dias? Quanta ingenuidade! O objeto de fé se acaba, mas a unção é duradoura. Outro dia ouvi uma crítica azeda. Diziam que “nossos objetos ungidos funcionam como uma cenoura colocada à frente de um jumento: ele nunca alcança a cenoura, mas continua andando rápido na esperança de alcançá-la”. Quanta falta de fé nos propósitos divinos. Todos os nossos produtos são lançados com embasamento bíblico. O melhor é que nossos seguidores não dão ouvidos a vozes discordantes.

Informo que esse cinto nada tem a ver com o “Cinto da Castidade”, cujo lançamento ainda está em estudo. Será uma grande revolução nos métodos de combate à carnalidade.



COMO NASCE UMA HERESIA VII

O Sacrifício do Voto e da GalinhaAntes de alguém pensar que se trata de plágio, declaro que a heresia do “Sacrifício do Voto” é completamente diferente da que circula no mercado. O título pode ser semelhante, mas os métodos são diferentes. Heresiarca que se preza não copia as heresias de outro colega.

Eu estava passeando pelas ruas de Paris, onde pretendo comprar um apartamento, quando, de repente, uma voz inaudível falou ao meu coração: “O meu povo está perecendo por falta de sacrifício. Convoque o meu povo para fazer um sacrifício dantes nunca visto na história de minha Igreja. Eu me sacrifiquei por todos, mas ninguém quer sacrificar-se por mim”.

Sabia que o Senhor estava falando comigo. Então, ainda enlevado com aquela voz, perguntei: - “Senhor, o sacrifício pode ser em dinheiro vivo ou em animais? E o Senhor respondeu apenas com uma palavra: “PODE”. Fiquei mais feliz ainda. O pensamento do Senhor ajustava-se ao meu pensamento. Fiquei tão contente que entrei numa loja e comprei cinco ternos para bem me apresentar ungido diante do povo de Deus.

Desta vez, meus irmãos, vocês não terão em mãos qualquer objeto ungido. É fantástico. Assim como Jesus se ofereceu para o sacrifício, vocês farão um “voto de sacrifício” como gratidão ao Senhor, por tudo que Ele fez. Quem ficar de fora desse sacrifício não será abençoado. Perderá a qualidade de filho de Deus, e quando morrer sua alma ficará eternamente ardendo no inferno. Quem deseja fazer o sacrifício do voto? Ótimo, vejo que todos aceitaram. Vamos agora às instruções.

Estão lembrados de que o Senhor permitiu dois tipos de voto: um em dinheiro vivo e um em animais. O Senhor deixou comigo a decisão de escolher quais animais devem ser sacrificados e qual o montante do voto. Louvo a Deus pela confiança depositada neste humilde servo. Outro dia, após apresentar esta heresia num de nossos templos, um irmão me perguntou: - “Meu grande pastor, no mês passado eu fiz um voto de duzentos reais para ser abençoado. Permita-me indagar qual a validade daquela bênção”. Após saber que ele tinha oito anos de fé, respondi: “Meu amado, as bênçãos são adicionadas às já existentes. A cada voto você recebe uma bênção especial.

Pelos meus cálculos você já deve ter feito vinte e três votos. Pois bem, quando uma nova bênção se junta à anterior, há um efeito multiplicador. Se nesses oito anos você tivesse feito apenas um sacrifício, teria apenas uma bênçãozinha medíocre, sem expressão, uma bênção que não lhe garantiria nem um prato de comida. Ademais, se não houver constante sacrifício, a sua fé tende a perecer, e “sem fé é impossível agradar a Deus”. Como você demonstrará a sua fé se você não faz o sacrifício? Fé sem obras é morta. Sem voto você é um homem morto. Como Deus vai encher seus bolsos de dinheiro se você rejeita a voz do meu coração, isto é, do coração que recebeu a voz de Deus? Ou será que você não gosta de prosperidade? Pessoal, quem aqui não gosta de dinheiro? Viu, ninguém levantou a mão. Então, é dando que se recebe. Com Deus o negócio é mão dupla.

Mais uma alma rebelde se levantou contra Deus, e me disse: - “Meu grande pastor, não tenha por mal as minhas ignorantes palavras, mas gostaria de sua orientação. A Bíblia diz que “o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender é melhor do que a gordura de carneiros”, conforme está em 1 Samuel 15.22”. “Diz também, amado pastor das nossas almas, que “Sacrifício e oferta não quiseste...holocausto e expiação pelos pecados não reclamaste...deleito-me em fazer a sua vontade”, como está em Salmos 40, versos de 6 a 8”. “Entendo, amado pastor – continuou a alma rebelde – que já somos salvos e abençoados pela fé no Senhor Jesus Cristo, e, assim, constituídos filhos de Deus, e que nada que façamos poderá aumentar a bênção adquirida pelo eficaz sacrifício do Senhor, na cruz. Já somos propriedade dEle, pois fomos comprados com Seu sangue redentor”.

De vez em quando encontramos esses corações renitentes. São pessoas que em lugar de ficarem atentas ao que seus pastores dizem ficam decorando passagens bíblicas ou lendo coisas indevidas na internete. Respondi-lhe que participar do “Voto de Sacrifício” é um sinal de obediência a Deus. Trazer uma galinha colocá-la aos pés do altar, como veremos a seguir, é também um ato de obediência. Ou querem duvidar de mim? Será que não recebi o mandamento de Deus?

Ou será que não sou um ungido de Deus? Todo o meu ser e meus pertences pessoais são ungidos; minha gravata, meias, lenços, camisas, pijamas, lençóis de cama, óculos, caneta até a minha dentadura é ungida.

Retornemos às instruções. Nos dias trinta de junho e primeiro de dezembro de cada ano, cada família comparecerá ao templo para fazer dois sacrifícios. O primeiro será o “Voto do Sacrifício” , de valor igual a um salário mínimo vigente na época. No mesmo dia os que querem ser abençoados depositarão aos pés do Senhor uma galinha viva, de qualquer raça e idade, desde que sem defeito, em bom aspecto, devidamente alimentada e vacinada. Se não houver galinha disponível, que venham os frangos. A vacina é uma exigência legal. A família que tiver apenas uma galinha, que põe um ovo diário para reforço alimentar, traga-a assim mesmo. Quanto maior o sacrifício, maior a bênção. Este princípio vale para o sacrifício do voto. Para não dizerem que esta heresia não é bíblica, ouçam: “Quando alguma pessoa cometer ofensa, e pecar por ignorância nas coisas sagradas do Senhor, então trará ao Senhor por oferta um carneiro sem defeito do rebanho...”, como está em Levítico 5.15. São muitas as citações na Bíblia que falam em sacrifício e oferta de animais. No momento estou exigindo uma galinha. É o começo de uma longa caminhada. Amanhã, conforme as revelações que receber, quem sabe surgirá a necessidade de um porco ou de um bode para o sacrifício. Alguém poderá perguntar: por que os dois votos de sacrifício, o do dinheiro e o da galinha? Aqui funciona o princípio da potencialização da bênção. Uma bênção sobre outra potencializa os efeitos das duas. Duas bênçãos valem mais do que uma bênção. Dois sacrifícios valem mais do que apenas um sacrifício. Dito isto, desejo explicar a destinação das galinhas.

Mandamos construir uma granja com cem galpões para o sacrifício das aves ofertadas, numa área de dez mil metros quadrados. A comercialização desses animais é uma realidade que se impõe. O lucro correspondente será totalmente carreado para a bendita Casa do Tesouro.

Contratamos dez avicultores e cinco sanitaristas para controlar e fiscalizar o desenvolvimento das aves até o seu abate. Cinqüenta obreiros foram convocados para darem o dízimo de seu tempo na recepção das ofertas e manutenção dos galpões. Nosso objetivo é oferecer à população carne congelada de galinha “da terra” e de frango a preços competitivos, em embalagens de até três quilos. A sua oferta ajudará a população carente. Vejam quão elevados são nossos objetivos. Nos primeiros anos, atenderemos apenas o mercado interno. Esse negócio será “a galinha-dos-ovos-de-ouro” que dará grande impulso aos nossos projetos evangelísticos. Na verdade, a galinha ofertada voltará à mesa do ofertante pelo menor preço da praça. E mais, ao passar por nossos frigoríficos toda a produção receberá uma unção especial, a “Unção do Alimento”. E o dinheiro do sacrifício do voto? Será destinado também à abençoada Casa do Tesouro. Vamos todos unidos ao voto do sacrifício e ao sacrifício da galinha.


COMO NASCE UMA HERESIA - VIII

Capim Santo
Tenho novidades para vocês. Outro dia, quando iniciava o meu discurso num dos nossos templos, um irmão gritou: “Qual será o preço do sacrifício”? Fiquei feliz e ao mesmo tempo triste. Feliz pelo bom condicionamento em que estão as ovelhas do meu aprisco. Triste fiquei pela ironia implícita. O importante é que todos já estão conscientes de que os sacrifícios precisam ser renovados. Sem sacrifício é impossível agradar a Deus. Como agradaremos a Deus sem as obras do sacrifício? Ora, a fé sem obras é morta. 

Nossos adversários alegam que o sacrifício de Jesus foi completo e eficaz e que somos salvos não por nossos méritos e sacrifícios, mas pela graça divina derramada sobre os que nele confiam. Eu lhes digo que vocês não devem dar ouvidos a vozes estranhas. Ouçam o seu pastor: “As ovelhas de modo nenhum seguirão o estranho, antes fugirão dele, porque não reconhece a voz dos estranhos... O bom pastor dá a vida por suas ovelhas” (Jo 10.5,11). Quem é o pastor de vocês? Quem encaminha vocês diariamente ao matadouro, aliás, ao sacrifício para que tenham vida abundante? Quem criou dezenas de objetos e os ungiu, a fim de a fé de vocês fossem materializadas? Quem aqui pode sair de casa sem a sua imagem, aliás, sem o seu amuleto de estimação? Quem pode negar que eles proporcionam paz, felicidade, segurança e, especialmente, prosperidade?

Quem não se lembra do “jumentinho”, do “Machado da Prosperidade”, do “Cinto da Verdade”, do “Sacrifício da Galinha”, do “Barbunção”, do “Sandalhaço” e de tantos outros meios de bênçãos colocados à disposição de vocês? Quem não se lembra do “princípio da potencialização da bênção” criado e ensinado por mim, e que tantos benefícios trouxeram a vocês?

Não fiquem ansiosos quanto ao valor do novo sacrifício. Vejo irmãos inquietos já contando seus trocados. Nunca exigi sacrifício superior ao que vocês podem suportar. Primeiro, informo que criei o “Livro de Registro de Heresias”, para evitar plágio. Funciona como registro de patente. A partir de então minhas criações estão patenteadas e só poderão ser copiadas com meu prévio consentimento. O “Termo de Abertura” está assim redigido:

“O presente livro com 500 folhas numeradas tipograficamente de 1 a 500 destina-se ao registro das heresias criadas pelo Pastor Airton Evangelista da Costa. É proibida a reprodução de métodos e símbolos concernentes às heresias aqui registradas, sob pena de os infratores, respeitados os direitos autorais, responderem criminalmente em juízo e se sujeitarem às penalidades da lei”.

Agora vamos à novidade do dia. Decididamente entramos na era das plantas medicinais como veículo de bênçãos. A de hoje dispensa maiores comentários porque seu nome já diz tudo: Capim Santo. Quem não conhece as qualidades terapêuticas dessa planta? Milhões de pessoas, até ovelhas nossas, vêm utilizando o capim santo para curas de seus males físicos. É sabido que o chá dessa planta, também conhecida como erva cidreira, é usado como refrigerante, como calmante e sedativo; contra gases intestinais, dores musculares, etc. Porém, qual o efeito no plano espiritual?

O “capim santo”, que, como o próprio nome indica, já é santo, fica mais santo ainda quando ungido. Após a unção, adquire propriedades espirituais, tornando-se assim um santo remédio espiritual. Instalamos uma verdadeira indústria para sua manipulação e fabricação do chá, que será acondicionado em garrafas de dois litros. A nossa plantação de 100 hectares do referido capim está bem desenvolvida. Estimamos uma produção de um milhão de garrafas dentro dos próximos 45 dias. O importante é que usaremos água fluidificada na composição do chá. Alguns chamam de água benta. Além disso, estamos fabricando a “Pasta da Concupiscência”, feita das cinzas do capim, destinada a anular os efeitos nocivos dos desejos carnais. Usada sobre os olhos, nos lábios e orelhas, refreia o desejo de ver, falar e ouvir coisas contrárias à vontade de Deus, como, por exemplo, pornografias. A pasta será acondicionada em latinhas de 200 gramas. O início da distribuição dos novos produtos está previsto para o dia quinze de agosto deste ano. O lançamento será em grande estilo. Defronte à nossa sede será plantado um enorme pé de capim santo.

As propriedades espirituais do santo capim santo são as seguintes: assegura prosperidade econômica e afasta energias negativas. Outros objetos ungidos, anteriormente lançados, tinham essas propriedades, mas estão com prazos de validade vencidos. Modo de usar: duas colheres de sopa ao deitar. A validade desse novo produto é por tempo indeterminado. Terminado o estoque, a ovelha se dirigirá a qualquer um dos nossos pontos de distribuição, cumprirá o voto do sacrifício, como explicarei a seguir, e levará os dois litros de chá e o brinde da pasta.

Falei em distribuição, mas há um detalhe muito importante. Sem o seu sacrifício a bênção não funciona. A Máquina de Flutuação de Machados, a MFM, foi adaptada para receber as ofertas e liberar as garrafas de chá. O sacrifício será de cinqüenta reais. Pagou, levou. Sem sacrifício não há bênção, sem bênção não há salvação. Nossos adversários poderão até dizer que todo esse dinheiro virá para o meu bolso. Não é verdade. Gasto muito com a criação dos produtos, com sua divulgação, com matéria-prima, com empregados, etc. O lucro se destina à Casa do Tesouro.

A participação de todos é indispensável. Muitas ovelhas já assimilaram a idéia e deram um nome mais popular para o produto: “O Chá da Bênção”. Gostei. A voz do povo é a voz de Deus. Não fique de fora. Tome posse da sua bênção. O chá é seu. Será a sua porção diária de bênção.



COMO NASCE UMA HERESIA - IX

A Arca da ProsperidadeSabemos que os amuletos do esoterismo ou do ocultismo não produzem qualquer benefício espiritual. Os que tenho lançado, todavia, possuem um ingrediente que os diferencia dos demais: a unção. Os amuletos do paganismo não são ungidos. Os meus são diferentes porque passam necessariamente pelo ritual da unção com óleo importado de Israel. Ora, “o justo viverá da fé”, diz a Bíblia. Portanto, sem fé não há amuleto ungido que funcione.

Antes de apresentar meu novo produto, desejo informar que nos primeiros dias da campanha do “sacrifício do voto e da galinha” recebi milhares de aves. Trinta mil galinhas e frangos são sacrificados em minhas granjas, diariamente. Desejo ajudar muitas pessoas pobres, isto é, vender o produto pelo menor preço do mercado.

Mas agora preciso falar do meu mais novo lançamento: A “Arca da Prosperidade”. A terra estava cheia de violência. Então, Deus mandou Noé construir uma grande “arca de madeira de cipreste”, e lhe disse: “Eu trago o dilúvio sobre a terra, para destruir tudo o que tem vida debaixo dos céus. Mas contigo estabelecerei a minha aliança, e entrarás na arca tu e contigo os teus filhos, a tua mulher e as mulheres de teus filhos”. Recomendou também que na arca fossem colocados os animais, dois de cada espécie. Como sabemos, todos foram salvos do dilúvio que se abateu sobre a terra (Gn 6,7,8 e 9).

Deus quer renovar o pacto com seu povo. A violência de nossos dias supera em muito a dos tempos de Noé. É hora de aceitarmos a provisão de Deus. Vamos todos entrar na Arca da Prosperidade. Este gesto simbólico produzirá benefícios espirituais imensuráveis. Entrar na arca será uma prova de nossa fé. Naquele tempo, as pessoas não deram atenção ao chamado de Deus. Hoje, os que conhecem a verdade, estão prontos a aceitar o convite. Entrar na arca significa afastar de vez as forças negativas. Deus contemplará cada um que tomar essa decisão.

Mandei construir uma arca de madeira cipreste – a mesma usada por Noé - de vinte metros de comprimento por quatro de largura, que será instalada no meio do templo. As ovelhas entrarão na arca, percorrerão toda a sua extensão e sairão pela porta dos fundos. No seu interior, encontrarão um grande gazofilácio, onde serão depositadas as ofertas do sacrifício, e um depósito com água benzida, que poderá ser bebida ou passada no rosto. Trata-se de uma bênção adicional. Para permitir que a fila ande mais depressa, os familiares do ofertante não entrarão na Arca. Mulher e filhos ficam de fora, em espírito de oração. Serão distribuídos gratuitamente aos ofertantes um broche com a figura de uma arca. O Espírito Santo me falou que esse sacrifício deve ser de cem reais. Maior sacrifício experimentou Noé e seus familiares. Alguém me perguntou se os cem reais podem ser dados diretamente aos pobres. Respondi que não, não e não. O sacrifício válido é aquele depositado aos meus pés, aliás, aos pés do Senhor.

A passagem pelo interior da Arca da Prosperidade redundará em vitória diante do inimigo. Será vencido o dilúvio das doenças, da pobreza, dos problemas conjugais. Da mesma forma como Noé e sua família foram vitoriosos, as ovelhas sairão da barca com mais poder, mais força, mais fé. A Arca ficará em exposição no Templo Central durante a primeira quinzena de setembro. Depois disso, a relíquia percorrerá todas as principais capitais do país.

Nota: Este trabalho objetiva enfatizar a facilidade com que as heresias são criadas, e como facilmente são aceitas e assimiladas pelos desavisados. O “pacote” consiste em vender a idéia com aparência de verdade. Primeiro, escolhe-se o amuleto; depois procura-se um versículo bíblico que lhe dê sustentação. O resto é marketing.





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