COMO NASCE UMA HERESIA
COMO
NASCE UMA HERESIA
Meus
irmãos. Depois de sete dias em jejum e oração, tive uma visão. Jesus, montado
no jumentinho, entrava em Jerusalém e, ao passar por mim, disse: - Filhinho,
assim como este jumentinho está me carregando, ele carregará seus problemas
para bem longe. Diga a meu povo que uma vez por ano, durante uma campanha de
sete sábados, todos orem com uma réplica deste jumento nas mãos. Os que fizerem
esse sacrifício com fé, serão prósperos.
QUEM ME FEZ PECAR?
QUEM
ME FEZ PECAR?
Quando André aceitou assumir a diretoria daquela escola publica já
sabia que teria muito trabalho pela frente. Aquela escola era muito conhecida
pela indisciplina dos alunos, mas, ele estava disposto a mudar esta situação.
Então ele começou seu trabalho chamando os alunos a sua sala.
---Pedro, perguntou o diretor, por que você roubou os biscoitos de seu amigo?
---Sabe o que é, disse Pedro, é que meus pais discutiram quando eu tinha seis anos de idade e hoje eu não consigo parar de comer. E depois eu iria pagar pelos biscoitos... André ficou surpreendido com aquela resposta, mas era apenas o começo. Veja o que disseram outros alunos:
---Beatriz, por que você falta às aulas de educação física?
---É porque eu tenho um defeito genético que me faz detestar educação física.
---Patrícia, por que você não faz sua lição de casa?
---Porque minha mãe não me dá chocolate. O senhor tem que dizer para ela que se ela não me der chocolate eu não vou fazer a lição mesmo, e vou ser burra pelo resto da vida. Será que ela não entende?
---Paulo, por que você não assiste às aulas de geografia?
--- Porque eu tenho trauma de geografia.
André ficou impressionado com a capacidade daqueles alunos de justificarem seu mau comportamento.
Vivemos em dias de vitimização, em que o homem faz de tudo para não assumir a culpa pelo seu pecado. Incrível o que faríamos, as desculpas que inventaríamos, para não admitir que somos ruins, pecadores e culpados.
Quem me faz pecar? Certamento não pode ser minha a culpa. Tem que haver alguém que posso culpar.
Mas como vamos descobrir, reconhecer que a fonte do pecado está dentro em mim, e não fora, é um dos primeiros sinais de alguém que tem uma fé viva. De fato, é condição ou pré-requisito para uma fé verdadeira, pois sem esse reconhecimento ninguém se salva!
O verdadeiro crente por definição vive a sua fé no nível do coração., Esse é um dos problemas com muito evangelismo dos nossos dias. Tentamos salvar pessoas que não sabem que estão perdidas! Oferecemos Jesus como se fosse mais uma opção de auto-ajuda, ou talvez uma a muleta para trazer prosperidade e boa sorte, e não a única esperança de pessoas desesperadas, em perigo de eterna condenação no inferno. Mas ninguém vai querer ser achado quando não sabe que está perdido. Ninguém se salva quando não sabe que está condenado.
O autor bíblico, Tiago, já 2000 anos atrás, antecipava essa tendência do coração humano de culpar a todos menos a si mesmo pelo pecado. Pior é que, quando culpamos aos outros, estamos de fato culpando o próprio Deus pelo nosso pecado.
Olhando para o texto de Tiago 1.13-16 percebemos como ele lidava com esta tendência do coração humano. Primeiro ele deixou uma clara proibição de não jogar a culpa pelo pecado em outros, principalmente Deus e, segundo, ele explicou que a raíz de todo pecado não está nos outros, mas, sim, em mim mesmo.
I. A Proibição: Não Culpar a Deus pelo meu Pecado 1.13)
Alguns leitores de Tiago estavam culpando a Deus por uma provação que levava ao pecado. Como alguns hoje não pagam seus impostos e se justificam dizendo: "Se eu pagar tais impostos minha empresa não vai sobreviver", muitos ali se justificavam com desculpas semelhantes.
Mas essas justificativas pelo pecado, em efeito, culpavam o próprio Deus que prometeu Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar (1 Co 10:13).
Afirmar que outros são responsáveis pelo meu pecado é o caminho mais fácil e mais popular de escaparmos responsabilidade pessoal.
A palavra "tentação" constrói uma ponte entre esse parágrafo e o anterior. É a mesma palavra traduzida "provação" e "tentação". A ideia é de uma situação difícil que provoca uma resposta.
Mas tudo depende de quem origina a situação. Quando Deus nos coloca numa situação de provação, sempre é para nos aprovar, mostrar genuína nossa fé. Quando o Inimigo explora desta mesma situação, é para nos derrubar, desqualificar e, acima de tudo, para sujar o nome do nosso Deus. Quando provados, podemos dizer que somos testados por Deus, para revelar Seu Filho em nós. Mas nunca, nunca, podemos dizer que Deus é responsável direta ou indiretamente por nos colocar numa situação que nos provoca a pecar.
Talvez você esteja pensando, "Mas eu nunca iria culpar a Deus pelo meu pecado." Mas pense de novo. Somos experts em racionalização e justificação do nosso pecado. Temos "n" maneiras de passar a culpa pelo nosso próprio a outros e, na última análise, no próprio Senhor.
A expressão Deus não pode ser tentado pelo mal indica que não há nada em Deus que corresponda à tentação. Não há nada em Deus que possa ser seduzido a fazer o mal. É como alguém que tenta agarrar com suas mãos a neblina da manhã: sua tentativa será tola e inútil.
Uma vez que Deus não é seduzido pelo mal e nada há nele de mal, Ele não é a fonte nem o responsável, direta ou indiretamente, pelo meu pecado. Seria totalmente incoerente para Deus tentar incitar alguém ao mal, visto que Ele é tão distante do pecado que não podia nem encarar seu próprio Filho na cruz do Calvário.
Gostaria que você me acompanhasse por um pequeno tour, primeiro pelo mundo, depois pelas Escrituras, para descobrir como o homem atual não é muito diferente do que o homem antigo em termos do desvio da culpa.
Como culpamos a Deus e outros pelo nosso pecado? Uma variedade de respostas, que refletem a degradação dos nossos tempos, são encontradas. Boa parte das tentativas científicas, filosóficas, teológicas e psicológicas dos nossos dias tem como propósito isentar o homem da culpa e transferí-la para outros!
Evolução-o homem é produto de tempo + chance ou "acaso". Um mesclar de átomos formando, por acaso, moléculas, um conglomerado a-moral que, graças à sorte, formaram um ser inteligente.
Então, não sou eu culpado pelo "pecado" (se tal existe) mas sim, o conjunto de elementos e qúimicas que compõem o "Eu"
Medicina-o homem está "doente", mas não culpado. Ele sofre da doença de alcoolismo, mas não pode ser chamado um "alcoólatra" ou bêbedo (hoje, usa-se o novo termo, "acoolista" para dar a idéia de que ele é vítima do álcool, não um adorador dele.) Pessoas que abusam da comida tem transtornos alimentares quando de fato são bolímicas ou glutonas.
Genética-o homem é produto de DNA, genes e cromossomos e é programado por eles para ser o que é.
Behaviorismo-o homem é produto do seu ambiente. Ele é um animal, que quando condicionado pelo mal, mau se tornará, mas quando condicionado pelo bem, será bom. Culpado é o ambiente.
Auto-estima-a raiz de todos os males é que não me amo o suficiente . . . por isso, fico desanimado, bebo demais, fofoco, minto, etc. Culpado são os que me oprimiram.
Trauma e Regressão à Infância- Os verdadeiros culpados são meus pais e Deus.
Vitimização-não sou membro de uma família conturbada pelo pecado, mas uma família disfuncional.
Psicánálise-sou dirigido por instintos básicos que, quando remprimidos, me levam a extrapolar meus desejos. Complexos sexuais causados pelos pais, pela sociedade, pelo id, ego ou contra-ego, mas certamente não pela minha natureza pecaminosa. Culpada é a sociedade, a religião e o instinto básico.
Pós-modernismo. O mundo atual evoluiu para uma filosofia/teologia de pós-modernismo. O que enfrentamos hoje quando fazemos a pergunta, "Quem é responsável pelo meu pecado?" é "O que é pecado?" O pecado se tornou relativo. (Pós modernismo não é tão pós-moderno assim . . . quase 4000 anos atrás na época dos juízes havia muitos pós-modernistas: "Cada um faz o que era reto aos seus próprios olhos." No mundo hoje, não existe absolutos. Ninguém tem o direito de dizer "Isso é errado" ou "aquilo é pecado". Se não existe um absoluto, estou livre do pecado, pois afinal, não existe pecado quando não há lei. Eu sou minha própria lei. Por isso listamos pós-modernismo como resposta "teológica" à questão da culpa e do pecado.
Batalha espiritual-Mas existem outras tentativas mais sutis de minimizar o pecado, mais "espirituais". O que se vê em muitas igrejas hoje é uma ênfase em batalha espiritual que tem praticamente o mesmo efeito de isentar o indivíduo do seu pecado. Em algumas formas de batalha espiritual os demônios é que são responsáveis pelo pecado do homem.
Alguns movimentos chegam a dar nomes para esses demônios que não encontramos de forma alguma na Bíblia. O efeito é que, de forma sutil, culpamos a outros e não a nós mesmos pelo pecado:
Tenho o demônio de depressão . . . de ira . . . de fornicação . . . de espancamento... de sonegação . . . de mentira . . . É muito cômodo, então, fazer um exorcismo, algum rito religioso, para me livrar do "demônio" e também da culpa. Mas enquanto não tratamos da raíz, esses "demônios" voltam.
Maldição de família-Uma outra forma "religiosa" de me justificar e isentar da culpa é pela doutrina da "maldição de família". Não sou eu o responsável pelo pecado, pois tenho fantasmas pairando sobre meu passado; ancestrais que são responsáveis pelo que sou. Preciso regressar, renunciar, decretar para me livrar dessa maldição que me força a pecar. Mas de novo, não sou eu mas outros (e na última análise, o próprio Deus que me colocou nessa família) que são responsáveis pelo meu pecado.
Cura Interior-Certamente há necessidade de cura interior para todos nós. O pecado tem deixado cicatrizes em nossos corações. Mas alguns movimentos promovem técnicas espetaculares, emocionais e/ou psicológicas para lidar com o pecado sem perseguir o problema até a raíz-o coração humano e a natureza humana. Somos vítimas, muitas vezes, sim; mas também somos responsáveis diante de Deus pelas nossas reações pecaminosas ao pecado. Ao invés de culpar aos outros (alguns movimentos até chegam ao ponto de "perdoar a Deus", devemos confessar nosso pecado. Em vez de culpar os pais, irmão, patrões, vizinhos, devemos perdoá-los e nos arrepender dos nossos pecados.
Não negamos a influência e o impacto que o pecado de outros têm, que existem feridas profundas, cicatrizes e verdadeiras vítimas do pecado. Mas não podemos culpar essas circunstância pelo nosso pecado! De uma forma ou outra, todas essas respostas, todas essas tentativas, representam maneiras de nós culparmos o próprio Deus pelo nosso pecado. Afinal de contas, é como que disséssemos que foi Ele que nos colocou naquela família, foi Ele que permitiu que nossos ancestrais fossem assim, foi Ele que não impediu que os demônios nos atacassem, foi Ele que permitiu que perdéssemos nosso emprego, foi Ele que enviou aquela mulher para trabalhar na minha firma, foi Ele que...
Será que eu e você caímos no mesmo erro que Tiago adverte? Culpar aos outros, e especialmente a Deus, é marca de quem não está permitindo que a vida de Jesus seja vivida nele.
Onde não há culpa pessoal, não há graça individual. Para alguém ser salvo, tem que ficar perdido. Tentamos salvar algumas pessoas mostrando todos os benefícios sem primeiro mostrar que são perdidas.
Tiago mostra como eu sou o principal responsável pelo meu próprio pecado. O verdadeiro cristão, para se tornar cristão, tem que reconhecer esse fato. O primeiro ponto do Evangelho é: Eu sou pecador! Essa mensagem não é muito popular em nossos dias. Preferimos falar em erros, falhas, defeitinhos, mas não em pecado como ofensa contra um Deus santo.
Tiago usa uma analogia apropriada de pecado sexual para descrever o processo mortífero que leva ao pecado:
Cobiça Atrai Seduz Concebe Dá à luz: pecado Morte
Culpar outros pelo meu pecado tem uma longa história nas Escrituras. Veja:
Quando Deus confrontou Adão ele transferiu sua culpa para outro dizendo que a culpa não era dele, mas sim da mulher. Aliás, disse Adão, foi a mulher que Tu me deste; ou seja, no final das contas a culpa era de Deus que lhe tinha dado aquela mulher. E, afinal, por que Deus tinha de criar a serpente? Mais uma razão pela qual ele não era culpado e sim Deus, até a serpente que o enganou existia pela vontade de Deus.
Moisés teve de confrontar seu irmão por Ter levado o povo à idolatria. Mas este também transferiu sua culpa para outro. "Olha Moisés, visto que você sumiu e não voltava, e o povo precisava de uma direção espiritual dadas as desfavoráveis circunstâncias, não tive escolha a não ser fazer este bezerro de ouro".
Samuel ficou extremamente triste quando viu que Saul havia oficiado o sacrifício que era de sua responsabilidade. Confrontado, Saul não admitiu sua desobediência, apenas disse que o fez por causa das circunstâncias tão urgentes. Vemos, portanto, que o homem de hoje não é diferente do homem do passado.
Haverá, então, algum remédio para isto?
O caminho da graça começa quando reconhecemos a nossa culpa!
Pv 28:13 diz: O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. (Sl 32:1-5)
1 Jo 1:9 diz que se confessarmos os nossos pecados Deus é fiel para nos perdoar. Esse é um caminho confiável, tanto para aquele que nunca abraçou Jesus como seu Salvador, quanto para aquele que já conhece Jesus mas é tentado a se desculpar pelo pecado. Confissão significa concordar com Deus sobre o meu pecado. Os pecados devem ser identificados pelos seus nomes e confessados. É chegar diante dele e dizer: Senhor, pequei contra ti porque tenho mágoas em meu coração e tua Palavra diz que isto é pecado. Perdoa-me. A obra de Cristo na cruz, morrendo no nosso lugar, pagando o preço de toda a sujeira que já cometemos, é suficiente para livrar da condenação eterna todos que depositam sua confiança unica e exclusivamente nEle. Sua ressurreição garante que todos os nossos pecados foram perdoados.
Não há necessidade para os alunos da escola do Diretor André, muito menos nós, justificarmos nosso pecado. O caminho da graça começa quando reconhecemos a nossa culpa, e corremos até o perdão oferecido por Cristo Jesus.
---Pedro, perguntou o diretor, por que você roubou os biscoitos de seu amigo?
---Sabe o que é, disse Pedro, é que meus pais discutiram quando eu tinha seis anos de idade e hoje eu não consigo parar de comer. E depois eu iria pagar pelos biscoitos... André ficou surpreendido com aquela resposta, mas era apenas o começo. Veja o que disseram outros alunos:
---Beatriz, por que você falta às aulas de educação física?
---É porque eu tenho um defeito genético que me faz detestar educação física.
---Patrícia, por que você não faz sua lição de casa?
---Porque minha mãe não me dá chocolate. O senhor tem que dizer para ela que se ela não me der chocolate eu não vou fazer a lição mesmo, e vou ser burra pelo resto da vida. Será que ela não entende?
---Paulo, por que você não assiste às aulas de geografia?
--- Porque eu tenho trauma de geografia.
André ficou impressionado com a capacidade daqueles alunos de justificarem seu mau comportamento.
Vivemos em dias de vitimização, em que o homem faz de tudo para não assumir a culpa pelo seu pecado. Incrível o que faríamos, as desculpas que inventaríamos, para não admitir que somos ruins, pecadores e culpados.
Quem me faz pecar? Certamento não pode ser minha a culpa. Tem que haver alguém que posso culpar.
Mas como vamos descobrir, reconhecer que a fonte do pecado está dentro em mim, e não fora, é um dos primeiros sinais de alguém que tem uma fé viva. De fato, é condição ou pré-requisito para uma fé verdadeira, pois sem esse reconhecimento ninguém se salva!
O verdadeiro crente por definição vive a sua fé no nível do coração., Esse é um dos problemas com muito evangelismo dos nossos dias. Tentamos salvar pessoas que não sabem que estão perdidas! Oferecemos Jesus como se fosse mais uma opção de auto-ajuda, ou talvez uma a muleta para trazer prosperidade e boa sorte, e não a única esperança de pessoas desesperadas, em perigo de eterna condenação no inferno. Mas ninguém vai querer ser achado quando não sabe que está perdido. Ninguém se salva quando não sabe que está condenado.
O autor bíblico, Tiago, já 2000 anos atrás, antecipava essa tendência do coração humano de culpar a todos menos a si mesmo pelo pecado. Pior é que, quando culpamos aos outros, estamos de fato culpando o próprio Deus pelo nosso pecado.
Olhando para o texto de Tiago 1.13-16 percebemos como ele lidava com esta tendência do coração humano. Primeiro ele deixou uma clara proibição de não jogar a culpa pelo pecado em outros, principalmente Deus e, segundo, ele explicou que a raíz de todo pecado não está nos outros, mas, sim, em mim mesmo.
I. A Proibição: Não Culpar a Deus pelo meu Pecado 1.13)
Alguns leitores de Tiago estavam culpando a Deus por uma provação que levava ao pecado. Como alguns hoje não pagam seus impostos e se justificam dizendo: "Se eu pagar tais impostos minha empresa não vai sobreviver", muitos ali se justificavam com desculpas semelhantes.
Mas essas justificativas pelo pecado, em efeito, culpavam o próprio Deus que prometeu Não vos sobreveio tentação que não fosse humana; mas Deus é fiel, e não permitirá que sejais tentados além das vossas forças; pelo contrário, juntamente com a tentação vos proverá livramento, de sorte que a possais suportar (1 Co 10:13).
Afirmar que outros são responsáveis pelo meu pecado é o caminho mais fácil e mais popular de escaparmos responsabilidade pessoal.
A palavra "tentação" constrói uma ponte entre esse parágrafo e o anterior. É a mesma palavra traduzida "provação" e "tentação". A ideia é de uma situação difícil que provoca uma resposta.
Mas tudo depende de quem origina a situação. Quando Deus nos coloca numa situação de provação, sempre é para nos aprovar, mostrar genuína nossa fé. Quando o Inimigo explora desta mesma situação, é para nos derrubar, desqualificar e, acima de tudo, para sujar o nome do nosso Deus. Quando provados, podemos dizer que somos testados por Deus, para revelar Seu Filho em nós. Mas nunca, nunca, podemos dizer que Deus é responsável direta ou indiretamente por nos colocar numa situação que nos provoca a pecar.
Talvez você esteja pensando, "Mas eu nunca iria culpar a Deus pelo meu pecado." Mas pense de novo. Somos experts em racionalização e justificação do nosso pecado. Temos "n" maneiras de passar a culpa pelo nosso próprio a outros e, na última análise, no próprio Senhor.
A expressão Deus não pode ser tentado pelo mal indica que não há nada em Deus que corresponda à tentação. Não há nada em Deus que possa ser seduzido a fazer o mal. É como alguém que tenta agarrar com suas mãos a neblina da manhã: sua tentativa será tola e inútil.
Uma vez que Deus não é seduzido pelo mal e nada há nele de mal, Ele não é a fonte nem o responsável, direta ou indiretamente, pelo meu pecado. Seria totalmente incoerente para Deus tentar incitar alguém ao mal, visto que Ele é tão distante do pecado que não podia nem encarar seu próprio Filho na cruz do Calvário.
Gostaria que você me acompanhasse por um pequeno tour, primeiro pelo mundo, depois pelas Escrituras, para descobrir como o homem atual não é muito diferente do que o homem antigo em termos do desvio da culpa.
O Mundo Atual
Como culpamos a Deus e outros pelo nosso pecado? Uma variedade de respostas, que refletem a degradação dos nossos tempos, são encontradas. Boa parte das tentativas científicas, filosóficas, teológicas e psicológicas dos nossos dias tem como propósito isentar o homem da culpa e transferí-la para outros!
1. Ciência
Evolução-o homem é produto de tempo + chance ou "acaso". Um mesclar de átomos formando, por acaso, moléculas, um conglomerado a-moral que, graças à sorte, formaram um ser inteligente.
Então, não sou eu culpado pelo "pecado" (se tal existe) mas sim, o conjunto de elementos e qúimicas que compõem o "Eu"
Medicina-o homem está "doente", mas não culpado. Ele sofre da doença de alcoolismo, mas não pode ser chamado um "alcoólatra" ou bêbedo (hoje, usa-se o novo termo, "acoolista" para dar a idéia de que ele é vítima do álcool, não um adorador dele.) Pessoas que abusam da comida tem transtornos alimentares quando de fato são bolímicas ou glutonas.
Genética-o homem é produto de DNA, genes e cromossomos e é programado por eles para ser o que é.
2. Psicologia
Behaviorismo-o homem é produto do seu ambiente. Ele é um animal, que quando condicionado pelo mal, mau se tornará, mas quando condicionado pelo bem, será bom. Culpado é o ambiente.
Auto-estima-a raiz de todos os males é que não me amo o suficiente . . . por isso, fico desanimado, bebo demais, fofoco, minto, etc. Culpado são os que me oprimiram.
Trauma e Regressão à Infância- Os verdadeiros culpados são meus pais e Deus.
Vitimização-não sou membro de uma família conturbada pelo pecado, mas uma família disfuncional.
Psicánálise-sou dirigido por instintos básicos que, quando remprimidos, me levam a extrapolar meus desejos. Complexos sexuais causados pelos pais, pela sociedade, pelo id, ego ou contra-ego, mas certamente não pela minha natureza pecaminosa. Culpada é a sociedade, a religião e o instinto básico.
3. Teologia/Filosofia
Pós-modernismo. O mundo atual evoluiu para uma filosofia/teologia de pós-modernismo. O que enfrentamos hoje quando fazemos a pergunta, "Quem é responsável pelo meu pecado?" é "O que é pecado?" O pecado se tornou relativo. (Pós modernismo não é tão pós-moderno assim . . . quase 4000 anos atrás na época dos juízes havia muitos pós-modernistas: "Cada um faz o que era reto aos seus próprios olhos." No mundo hoje, não existe absolutos. Ninguém tem o direito de dizer "Isso é errado" ou "aquilo é pecado". Se não existe um absoluto, estou livre do pecado, pois afinal, não existe pecado quando não há lei. Eu sou minha própria lei. Por isso listamos pós-modernismo como resposta "teológica" à questão da culpa e do pecado.
Batalha espiritual-Mas existem outras tentativas mais sutis de minimizar o pecado, mais "espirituais". O que se vê em muitas igrejas hoje é uma ênfase em batalha espiritual que tem praticamente o mesmo efeito de isentar o indivíduo do seu pecado. Em algumas formas de batalha espiritual os demônios é que são responsáveis pelo pecado do homem.
Alguns movimentos chegam a dar nomes para esses demônios que não encontramos de forma alguma na Bíblia. O efeito é que, de forma sutil, culpamos a outros e não a nós mesmos pelo pecado:
Tenho o demônio de depressão . . . de ira . . . de fornicação . . . de espancamento... de sonegação . . . de mentira . . . É muito cômodo, então, fazer um exorcismo, algum rito religioso, para me livrar do "demônio" e também da culpa. Mas enquanto não tratamos da raíz, esses "demônios" voltam.
Maldição de família-Uma outra forma "religiosa" de me justificar e isentar da culpa é pela doutrina da "maldição de família". Não sou eu o responsável pelo pecado, pois tenho fantasmas pairando sobre meu passado; ancestrais que são responsáveis pelo que sou. Preciso regressar, renunciar, decretar para me livrar dessa maldição que me força a pecar. Mas de novo, não sou eu mas outros (e na última análise, o próprio Deus que me colocou nessa família) que são responsáveis pelo meu pecado.
Cura Interior-Certamente há necessidade de cura interior para todos nós. O pecado tem deixado cicatrizes em nossos corações. Mas alguns movimentos promovem técnicas espetaculares, emocionais e/ou psicológicas para lidar com o pecado sem perseguir o problema até a raíz-o coração humano e a natureza humana. Somos vítimas, muitas vezes, sim; mas também somos responsáveis diante de Deus pelas nossas reações pecaminosas ao pecado. Ao invés de culpar aos outros (alguns movimentos até chegam ao ponto de "perdoar a Deus", devemos confessar nosso pecado. Em vez de culpar os pais, irmão, patrões, vizinhos, devemos perdoá-los e nos arrepender dos nossos pecados.
Não negamos a influência e o impacto que o pecado de outros têm, que existem feridas profundas, cicatrizes e verdadeiras vítimas do pecado. Mas não podemos culpar essas circunstância pelo nosso pecado! De uma forma ou outra, todas essas respostas, todas essas tentativas, representam maneiras de nós culparmos o próprio Deus pelo nosso pecado. Afinal de contas, é como que disséssemos que foi Ele que nos colocou naquela família, foi Ele que permitiu que nossos ancestrais fossem assim, foi Ele que não impediu que os demônios nos atacassem, foi Ele que permitiu que perdéssemos nosso emprego, foi Ele que enviou aquela mulher para trabalhar na minha firma, foi Ele que...
Será que eu e você caímos no mesmo erro que Tiago adverte? Culpar aos outros, e especialmente a Deus, é marca de quem não está permitindo que a vida de Jesus seja vivida nele.
II. A Explicação: Eu Sou Responsável pelo meu Próprio Pecado (14-15)
Onde não há culpa pessoal, não há graça individual. Para alguém ser salvo, tem que ficar perdido. Tentamos salvar algumas pessoas mostrando todos os benefícios sem primeiro mostrar que são perdidas.
Tiago mostra como eu sou o principal responsável pelo meu próprio pecado. O verdadeiro cristão, para se tornar cristão, tem que reconhecer esse fato. O primeiro ponto do Evangelho é: Eu sou pecador! Essa mensagem não é muito popular em nossos dias. Preferimos falar em erros, falhas, defeitinhos, mas não em pecado como ofensa contra um Deus santo.
Tiago usa uma analogia apropriada de pecado sexual para descrever o processo mortífero que leva ao pecado:
Cobiça Atrai Seduz Concebe Dá à luz: pecado Morte
As Escrituras
Culpar outros pelo meu pecado tem uma longa história nas Escrituras. Veja:
1. Adão e Eva (Gn 3:12-)
Quando Deus confrontou Adão ele transferiu sua culpa para outro dizendo que a culpa não era dele, mas sim da mulher. Aliás, disse Adão, foi a mulher que Tu me deste; ou seja, no final das contas a culpa era de Deus que lhe tinha dado aquela mulher. E, afinal, por que Deus tinha de criar a serpente? Mais uma razão pela qual ele não era culpado e sim Deus, até a serpente que o enganou existia pela vontade de Deus.
2. Arão (Ex 32:24)
Moisés teve de confrontar seu irmão por Ter levado o povo à idolatria. Mas este também transferiu sua culpa para outro. "Olha Moisés, visto que você sumiu e não voltava, e o povo precisava de uma direção espiritual dadas as desfavoráveis circunstâncias, não tive escolha a não ser fazer este bezerro de ouro".
3. Saul (1 Sm 13:12)
Samuel ficou extremamente triste quando viu que Saul havia oficiado o sacrifício que era de sua responsabilidade. Confrontado, Saul não admitiu sua desobediência, apenas disse que o fez por causa das circunstâncias tão urgentes. Vemos, portanto, que o homem de hoje não é diferente do homem do passado.
Haverá, então, algum remédio para isto?
O caminho da graça começa quando reconhecemos a nossa culpa!
Pv 28:13 diz: O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia. (Sl 32:1-5)
1 Jo 1:9 diz que se confessarmos os nossos pecados Deus é fiel para nos perdoar. Esse é um caminho confiável, tanto para aquele que nunca abraçou Jesus como seu Salvador, quanto para aquele que já conhece Jesus mas é tentado a se desculpar pelo pecado. Confissão significa concordar com Deus sobre o meu pecado. Os pecados devem ser identificados pelos seus nomes e confessados. É chegar diante dele e dizer: Senhor, pequei contra ti porque tenho mágoas em meu coração e tua Palavra diz que isto é pecado. Perdoa-me. A obra de Cristo na cruz, morrendo no nosso lugar, pagando o preço de toda a sujeira que já cometemos, é suficiente para livrar da condenação eterna todos que depositam sua confiança unica e exclusivamente nEle. Sua ressurreição garante que todos os nossos pecados foram perdoados.
Não há necessidade para os alunos da escola do Diretor André, muito menos nós, justificarmos nosso pecado. O caminho da graça começa quando reconhecemos a nossa culpa, e corremos até o perdão oferecido por Cristo Jesus.
Estudo sobre MARIA
Estudo sobre MARIA
(Lucas 1.26-28)
E, no sexto mês, foi o anjo Gabriel enviado por Deus a uma cidade da Galileia, chamada Nazaré,
A uma virgem desposada com um homem, cujo nome era José, da casa de Davi; e o nome da virgem era Maria.
E, entrando o anjo aonde ela estava, disse: Salve, agraciada; o Senhor é contigo; bendita és tu entre as mulheres.
Oração para afastar o mal da sua casa ou trabalho
ORAÇÃO FORTE PARA DESFAZER: TRABALHOS DE MACUMBA, FEITIÇOS E ENCANTAMENTOS - PASTOR ELISEU LUSTOSA
INSTRUÇÃO PARA ORAÇÃO:

Tenha em sua mente e avisado, que nada que é ruim ou mal neste mundo, seja os demônios, trabalho de magia negra, ou qualquer tipo de trabalho que for contra a sua vida, contra a sua casa ou contra a sua família, ou a quem você redirecionar esta oração, nada poderá resistir e prevalecer contra a sua vida no poderoso nome de JESUS CRISTO.
O NÚMERO 7 SIGNIFICA PERFEIÇÃO:
SE A SUA SITUAÇÃO ESTÁ EM CASO DE LASTIMÁVEL, ABRE URGENTEMENTE UMA CAMPANHA DE 7 DIAS, POIS O NÚMERO 7 SIGNIFICA PERFEIÇÃO ! FAÇA ATÉ O FINAL, VÁ MARCANDO OS DIAS ATÉ O SEU FINAL DA CAMPANHA.
DIA 1 - DIA 2 - DIA 3 - DIA 4 - DIA 5 - DIA 6 - DIA 7
O SEGREDO DO NÚMERO 7 É QUE SIGNIFICA PERFEIÇÃO
Perceba você, que todo trabalho que é feito para destruir alguém, enfim para o mal de uma pessoa é repetido 7 vezes o nome da pessoa que alguém deseja a ruína escrita num papel etc, ok? ou em outros casos é repetido 7 vezes o nome de demônio também, você sabe os nomes de demônios do baixo espiritismo ? Não ? então você deve se lembrar que o baixo espiritismo tem seus diversos nomes e que você poderá quando quiser estar conferindo abaixo em PDF.
O livro dos espíritos

MACUMBA NÃO DESFAZ MACUMBA
Repita esse nome 7 vezes:
1. EM O NOME PODEROSO DE JESUS CRISTO
2. EM O NOME PODEROSO DE JESUS CRISTO
3. EM O NOME PODEROSO DE JESUS CRISTO
4. EM O NOME PODEROSO DE JESUS CRISTO
5. EM O NOME PODEROSO DE JESUS CRISTO
6. EM O NOME PODEROSO DE JESUS CRISTO
7. EM O NOME PODEROSO DE JESUS CRISTO
AGORA VOCÊ PODE FALAR O SEU NOME COMPLETO:
DIGA: AMÉM OU ASSIM SEJA !
3. EM O NOME PODEROSO DE JESUS CRISTO
4. EM O NOME PODEROSO DE JESUS CRISTO
5. EM O NOME PODEROSO DE JESUS CRISTO
6. EM O NOME PODEROSO DE JESUS CRISTO
7. EM O NOME PODEROSO DE JESUS CRISTO
AGORA VOCÊ PODE FALAR O SEU NOME COMPLETO:
DIGA: AMÉM OU ASSIM SEJA !
No outro caso e situação faça novamente uma outra oração com este vídeo acima e repita toda orientação acima citado, com certeza um milagre te espera através da sua fé ! amém.
Referencias bíblicas que todo o mal saí é em nome de JESUS CRISTO !
Pois que os espíritos imundos saíam de muitos que os tinham, clamando em alta voz; e muitos paralíticos e coxos eram curados. Atos 8:7
E, chegando-se Jesus, falou-lhes, dizendo: É-me dado todo o poder no céu e na terra. Mateus 28:18
Quem comete o pecado é do diabo; porque o diabo peca desde o princípio. Para isto o Filho de Deus, JESUS CRISTO se manifestou: para desfazer as obras do diabo. 1 João 3:8
Oração Poderosa Para Alcançar Tudo Aquilo Que Pretende
E tudo quanto pedirdes em meu nome eu o farei, para que o Pai seja glorificado no Filho. João 14:13
E esta é a confiança que temos nele, que, se pedirmos alguma coisa, segundo a sua vontade, ele nos ouve. 1 João 5:14
Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e encontrareis; batei, e abrir-se-vos-á.
Porque, aquele que pede, recebe; e, o que busca, encontra; e, ao que bate, abrir-se-lhe-á. Mateus 7:7,8
INSTRUÇÃO PARA ORAÇÃO:
Já está oração do vídeo acima é uma oração mais leve, com a finalidade de você exercer a sua fé no nome de Jesus Cristo para tomar posse das bençãos de DEUS O PAI DO CÉU !
O NÚMERO 7 SIGNIFICA PERFEIÇÃO:
SE A SUA SITUAÇÃO ESTÁ EM CASO DE LASTIMÁVEL, ABRE URGENTEMENTE UMA CAMPANHA DE 7 DIAS, POIS O NÚMERO 7 SIGNIFICA PERFEIÇÃO ! FAÇA ATÉ O FINAL, VÁ MARCANDO OS DIAS ATÉ O SEU FINAL DA CAMPANHA.
DIA 1 - DIA 2 - DIA 3 - DIA 4 - DIA 5 - DIA 6 - DIA 7
Portanto faça essa mesma oração com fé, e não se esqueça ! faça essa oração quando for possível, se preferir dependendo da sua situação estiver ruim mesmo, de forma lastimável, portanto se desperta agora ! e saia desse seu conforto ! e se mova para a oração, pois se você estiver de braços cruzados nada vai acontecer na sua vida !
FORÇA, ESPERANÇA e FÉ em o nome de Jesus Cristo !
Seja um contribuinte dessa obra de Fé !
Heresias Adventistas á luz da bíblia
um dos maiores perigos para o estudante da bíblia é a heresia que muitas seitas pregam usando a própria bíblia. Para evitar tal erro é indispensável unção de Deus.conhecimento histórico em várias áreas bases doutrinarias da igreja ,regras fieis de Hermenêutica sagrada. O adventista do sétimo dia é conhecido como uma seita herética especialmente pela malha de fatos que torcem suas historia. Guilherme Miller fundador do adventismo era um crente batista que por um erro da interpretação da profecia de Daniel cap 8 v 13-14 começou a ensinar que Cristo voltaria a terra em 1843 como previsão falhou. Miller fez outras reconciliado a chama da heresia já estava acesa na vida de muitos de seus seguidores entre os quais se destaca a Sra. Allen Gould White.Em 1860 foi praticamente conhecido o que se conhece hoje como adventismo do sétimo dia.Principais pilares doutrinários dessa religião:
A GUARDA DE SÁBADO
A GUARDA
DE SÁBADO
Pretendemos
dissertar a respeito do sábado judaico. Por que sábado judaico? Porque se trata
de uma ordenança cumprida pelos judeus, mas propriamente pelos judaizantes,
cuja crença está baseada no Antigo Testamento.
Os adventistas também são pró-sabáticos. A guarda do sábado, que foi um sinal para o povo da Antiga Aliança, é obrigatória aos que estão sob a égide da Nova Aliança? Quem guarda o domingo está em pecado e não será salvo? O cumprimento da ordenança sobre o sétimo dia garante a salvação? Tentarei responder a estas e a outras perguntas.
A Igreja de Cristo, desde o início, principalmente pelo Apóstolo Paulo, sempre dispensou estreita atenção às heresias, chamadas por Pedro de "heresias de perdição" (2 Pe 2.1), por tratar-se de ensinos contrários às doutrinas bíblicas.
A Igreja, como fazem as sentinelas, deve manter-se em constante vigilância para denunciar a aproximação ou o surgimento de elementos estranhos ao Evangelho. É seu dever combater as heresias: "Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes" (Tt 1.9).
Sábado, grego sabbaton, hebraico shãbath, tem em sua raiz o significado de cessação de atividade. Segundo o Dicionário VINE, "a idéia não é de relaxamento ou repouso, mas cessação de atividade". A conotação com o descanso físico vem pelo fato de que a suspensão dos trabalhos proporciona descanso, e porque Deus destinou o sétimo dia não só para repouso e memorial do término de sua criação, mas como dia de culto, adoração e comunhão com Ele (Ex 16.27; 31.12-17).
A primeira referência bíblica sobre o sétimo dia está em Gênesis 2.2-3 que fala do descanso de Deus no shãbath. O "descanso" de Deus não quer dizer que Ele ficou cansado, mas que suspendeu sua atividade criadora. O princípio da criação do shãbath é destinar um dia ao repouso e ao exclusivo culto ao Senhor: "Seis dias trabalharás, mas o sétimo dia será o sábado do descanso solene, santo ao Senhor" (Êx 31.15).
Deus incluiu o sábado nos Dez Mandamentos, lembrando que "em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou" (Êx 20.8-11). O castigo para quem violasse o sábado era a morte (Ex 31.12-17). Portanto, o castigo está associado à guarda do sábado. Para que haja coerência de procedimentos, quem guarda o sábado deveria, no caso de violação, aceitar o castigo correspondente. A guarda desse dia e o castigo pela desobediência são ordenanças de Deus e fazem parte da Antiga Aliança.
O sábado era um sinal, como o foi a circuncisão, entre Deus e os filhos de Israel, assim como o arco era um sinal do pacto com Noé. Vejam a similitude que há nessas ordenanças: Arco: "Este é o sinal da aliança que ponho entre mim e vós, e entre toda a alma vivente, que está convosco, por gerações eternas...será por sinal entre mim e a terra" (Gn 9.12-13). Circuncisão: "Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti... e circundareis a carne do vosso prepúcio, e isto será por sinal da aliança entre mim e vós. E o homem incircunciso...será extirpado do seu povo" (Gn 17.10,11,13). Sábado: "Tu, pois, fala aos filhos de |Israel, dizendo: Certamente guardareis meus sábados, porquanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações, para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica. Portanto, guardareis o sábado...aquele que o profanar, certamente morrerá" (Êx 31.13-14). A instituição do sábado está associada à lembrança da libertação da escravidão egípcia (Dt 5.15; Ez 20.10-20).
Tais leis foram sombras das coisas futuras. Embora estabelecidas como estatuto perpétuo, como também a páscoa, a queima de incenso, o sacerdócio levítico e ofertas de paz, vigoraram até o estabelecimento do novo pacto em Cristo Jesus. Vejamos:
"E, quando vós estáveis mortos nos pecados e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas" (Cl 2.13).
O homem não pôde, pela lei, livrar-se da morte do pecado. Ninguém, até hoje, conseguiu cumprir fielmente toda a vontade de Deus expressa na lei. Cristo veio para nos livrar das penalidades da lei, visto que estamos não debaixo da lei, mas debaixo da graça (Rm 6.14).
"Havendo riscado a cédula que era de alguma maneira contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz" (Cl 2.14).
O "ministério da morte", como é chamada a lei mosaica (2 Co 3.7), não deu vida ao homem; apenas revelava o seu estado pecaminoso "Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita. Porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei. Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes. Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo da lei. Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus" (Gl 3.19-26).
A lei de Moisés serviu para nos conduzir a Cristo. As palavras do Apóstolo, como acima, falam por si sem necessitar muitos esclarecimentos. A lei foi um estágio necessário, como necessários são os primeiros degraus de uma escada pelos quais alcançamos o ponto mais elevado. Ao morrermos com Cristo, morremos para a lei. A lei não alcança os mortos. "Agora estamos livres da lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos, a fim de servirmos em novidade de espírito, e não na velhice da lei" (Rm 7.1,4,6). Por isso, Jesus cravou na cruz as ordenanças que de certo modo eram contra nós. Agora vivemos não segundo o ministério da condenação, mas segundo o do Espírito. "Se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça". O Apóstolo diz que as antigas ordenanças eram transitórias, e foram abolidas por Cristo (2 Co 3.7-14). Os crentes da atualidade não são guiados pela lei, mas pelo Espírito.
"Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo" (Cl 2.16-17). A guarda do sábado semanal, sombra do que viria, apontava para Cristo. Se a instituição do sábado nos fazia lembrar da saída do Egito, nossa atenção agora está centralizada na libertação que há em Jesus. Os "sábados" de Colossenses 2.16 não são sábados festivos; são sábados semanais, sem dúvida. Os festivos estão inclusos em "dias de festa". Em Ezequiel 20.12 e 44.24 também encontramos "meus sábados" referindo-se aos sábados semanais. De igual modo, Êxodo 31.13 alude aos "meus sábados", numa referência ao sétimo dia de descanso e culto. Então, a guarda do sábado foi uma "sombra das coisas futuras", mas a realidade está em Cristo. De acordo com isso está o teólogo adventista Samuele Bacchiocci, que afirmou:
"O consenso unânime de comentaristas é que essas três expressões ["dias de festa", "lua nova" e "sábados"] representam uma lógica e progressiva seqüência (anual, mensal e semanal). Este ponto de vista é válido pela ocorrência desses termos...Um outro significativo argumento contra os sábados cerimoniais é o fato de que estes já estão incluídos nas palavras dias de festa (ou festividades - no original)... esta indicação positivamente mostra que a palavra SABATON como é usada em Cl 2.16 não pode referir-se aos sábados cerimoniais anuais (From Sabbath Sunday - Do Sábado para o Domingo - Samuele Bacchiocci, 1977, p. 359-360. Fonte: Bíblia Apologética).
Leiam a seguinte promessa: "E farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas festividades" (Os 2.11; cf. Cl 2.14,16). Vamos ver o que mais a Nova Aliança diz a respeito da anterior:
"O mandamento anterior é anulado por causa da sua fraqueza e inutilidade. Pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma, e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus" (Hb 7.18-19). Só chegaremos a Deus pela aceitação dos termos da Nova Aliança, isto é, pela graça, mediante a fé em Jesus (Jo 3.15-18; Rm 10.9; Ef 2.8-9). A salvação do ladrão na cruz é exemplo. Foi salvo não pelo cumprimento da lei, mas por graça e fé (Lc 23.46).
O Novo Testamento diz que Cristo "alcançou ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto que está confirmado em melhores promessas. Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda. Dizendo Nova Aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar" (Hb 8.6,7,13).
Mas, se a lei foi abolida em Cristo, então podemos matar, cometer adultério, desobedecer a nossos pais? A resposta precisa ser encontrada no Novo Concerto, que ratificou os Dez Mandamentos, exceto a guarda do sábado. Em nenhuma parte do Novo Testamento encontraremos a ordem para reservar o sétimo dia. Vejamos o Decálogo e a correspondente instrução na Nova Aliança: "Não terás outros deuses diante de mim" (At 14.15); "não farás para ti imagem de escultura" (1 Ts 1.9; 1 Jo 5.21); "não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão" (Tg 5.12); "Lembra-te do dia do sábado para o santificar" (não mencionado no NT); "honra teu pai e a tua mãe" (Ef 6.1); "não matarás" , "não adulterarás", "não furtarás", "não cobiçarás" (Rm 13.9); "não dirás falso testemunho" (Cl 3.9).
Quanto ao mandamento de não fazer imagem de escultura, sabatistas por vezes alegam não haver mandamento correspondente e explícito no Novo Testamento, porquanto, dizem, a palavra "ídolo" (1 Jo 5.21) não significa imagem de escultura. Quanto a isso, observem o que diz o conceituado Dicionário VINE: "Ídolo (eidolon), primariamente "fantasma" ou "semelhança" (derivado de eidos, "aparência", literalmente, "aquilo que é visto"), ou "idéia, imaginação", denota no Novo Testamento; (a) "ídolo", imagem que representa um falso deus (At 7.41; 1 Co 12.2; Ap 9.20); (b) "o falso deus" adorado numa imagem (At 15.20; Rm 2.22; 1 Co 8.4,7; 10.19; 2 Co 6.16; 1 Ts 1.9; 1 Jo 5.21)".
Cabe salientar que prevalecem os princípios éticos e morais do Antigo Testamento, ratificados e, em alguns casos, aperfeiçoados no Novo Concerto. "Cada um desses princípios contidos nos Dez Mandamentos é restabelecido num outro contexto no Novo Testamento, exceto, é claro, o mandamento para descansar e cultuar no sábado". Jesus não fazia distinção entre leis morais e leis cerimoniais. É possível fazer-se esta divisão para melhor compreensão, mas ela não está definida na Bíblia. Ele afirmou que não veio anular a lei, mas cumpri-la (Mt 5.17). Em seguida, cita o sexto mandamento, "não matarás" (v.21); o sétimo, "não adulterarás" (v.27); o nono, "não dirás falso testemunho" (v.33); cita Levítico 24.20 "olho por olho, dente por dente"; cita Levítico 19.18 sobre o "amor ao próximo". Logo, a "lei" a que se referiu Jesus não diz respeito somente aos Dez Mandamentos, mas abrange o Pentateuco. "A lei é termo comum entre os judeus para a primeira das três divisões das Escrituras hebraicas, isto é, os cinco livros do Pentateuco.
Jesus cumpriu cabalmente a lei, em Sua vida, pela observação constante de seus preceitos; em Seus ensinos, pela pregação da ética do amor que cumpre a lei (Rm 13.10) e em Sua morte, pela satisfação de suas exigências" (O Novo Comentário da Bíblia - Vol. II, Edições vida Nova, 1990, p. 953). Porque em sua vida cumpria a lei, era costume de Jesus participar dos cultos, aos sábados, nas sinagogas de sua cidade natal (Lc 4.16). Após a cruz, "pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós" (Gl 3.11,13).
Se alguém deseja guardar o sábado, que o faça segundo prescreve o Antigo Testamento, assim: não ferver ou assar comida (Êx 16.23); não sair de casa nesse dia (Êx 16.29); não acender fogo (Êx 35.3); não viajar (Ne 10.31); não carregar peso (Jr 17.21); não exercer o comércio (Am 8.5). A violação de tais preceitos torna o infrator sujeito à maldição da lei e à pena de morte (Êx 31.15; Dt 27.11-28; Gl 5.1-5; Tg 1.23; 2.10).
Pelas obras da lei nenhuma carne será justificada, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. Ela revela o pecado e condena o homem. Em Cristo, se manifestou a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo. Foi impossível ao homem cumprir totalmente os itens da lei, sem qualquer fracasso, pois "maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las". Cristo, com sua morte expiatória, fez-se maldição em nosso lugar (Gl 3.10-13). Por isso, a Bíblia diz que todos pecaram (Rm 3.20-23). No antigo concerto, a salvação tinha por base a fé expressa pela obediência à lei de Deus e ao sistema sacrificial.
Mas um novo concerto ou novo testamento, com melhores promessas, foi levado a efeito por Jesus Cristo mediante sua morte e ressurreição (Jr 31.31-34).
Os adventistas, regra geral, são sabatistas, mas parece não haver um consenso. Entre 1955 e 1956, o dr. Walter Martin, apologista da fé cristã, entrevistou 250 conceituadíssimos líderes adventistas. O resultado dessas entrevistas foi publicado no livro "Adventistas do Sétimo Dia Respondem Perguntas sobre Doutrina", de 720 páginas. Esses destacados líderes concluíram o seguinte: 1) Sabatismo: A guarda do sábado não propicia salvação. O cristão que observa o domingo não está em pecado. Não é cúmplice do papado. 2) Ellen G. White: Os escritos de Ellen White [profetiza do adventismo] não devem ser colocados em pé de igualdade com a Bíblia. 3) Santíssimo: Cristo entrou no Lugar Santíssimo por ocasião de sua ascenção, e não em 22 de outubro de 1844. Assim, as doutrinas do santuário celestial ser purificado e do juízo investigativo não tinham base bíblica.
Em decorrência dessa posição, "houve sérias controvérsias no seio da Igreja Adventista do Sétimo Dia, dando origem a dois movimentos: o tradicional e o evangélico. O primeiro recusava-se a abrir mão das posições acima, pois aceitá-las comprometeria a exclusividade da IASD como o ´remanescente´, a única e verdadeira igreja de Cristo. O segundo advogava os conceitos expressos no Questions on doctrine. Estes não queriam deixar a IASD, apenas queriam uma reforma nas questões teológicas nada ortodoxas. Conclui-se que o Adventismo com o qual o Dr. Walter Martin dialogou e aceitou como cristão não é mais o mesmo que presenciamos aqui no Brasil, pois rompeu com tudo aquilo abordado no Questions on doctrine. Entretanto, não se pode negar que há dentro da IASD aqueles que almejam o retorno às formulações esboçadas e defendidas no referido livro" (Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo - George A. Mather, Vida, 2.000, p. 194).
Os apóstolos elegeram o primeiro dia da semana como o dia do Senhor: "No primeiro dia da semana, reunindo-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de sair no dia seguinte, falava com eles, e prolongou o seu discurso até à meia noite (At 20.7; v. 1 Co 16.2). Aqui vemos o registro da celebração da Ceia do Senhor num domingo, um dia de culto. O Apóstolo João revela que foi "arrebatado em espírito no dia do Senhor" (Ap 1.10), referindo-se ao domingo, dia da ressurreição de Jesus (Lc 24.1) e do seu aparecimento aos discípulos (Jo 20.19; Lc 24.13,33,36).
A vontade de Deus é que aceitemos e vivamos segundo os termos do novo concerto. As provisões necessárias à nossa salvação não estão na antiga aliança, nem na obediência às suas leis e ao seu sistema de sacrifícios. A lei funcionou como tutor do povo até que viesse a salvação pela fé em Cristo. Desprezar a lei? Não. O Novo Testamento cuidou de revitalizar os princípios éticos e morais da lei, modificando uns, confirmando letra por letra outros, excluindo muitos. A salvação na nova aliança está consolidada na morte expiatória de Cristo, na sua ressurreição gloriosa e no privilégio de, pela fé, pertencermos a Ele.
Quase toda a instrução dos capítulos 3, 4 e 5 de Gálatas aborda a questão da lei e do evangelho, donde se conclui que: 1) A lei foi ordenada por causa das transgressões, ATÉ que viesse a posteridade (3.19). 2) A lei não pôde comunicar vida; por isso, a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes. 3) A lei serviu para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados, não pela fé na obediência à lei. 4) Depois que a fé veio, já não estamos debaixo da lei, mas da graça (3.25).
5) Cristo veio para libertar os que estavam debaixo da lei. Não somos mais meninos necessitados de tutores, reduzidos à escravidão. Agora somos filhos de Deus (4.1-7). 6) Não mais estamos sujeitos a guardar dias, meses e anos, rudimentos fracos e pobres aos quais alguns querem continuar servindo (4.9-10). 7) Somos filhos não da escrava Agar, que simboliza o velho concerto. Somos filhos da promessa, como Isaque. Lancemos fora a escrava e seu filho, porque, "de modo algum, o filho da escrava herdará com o filho da livre" (4.21-31). 8) Não devemos retornar ao jugo da servidão, pois Cristo nos libertou (5.1). 9) Os que buscam justificação na lei, separados estão de Cristo (5.4).
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A Igreja de Cristo, desde o início, principalmente pelo Apóstolo Paulo, sempre dispensou estreita atenção às heresias, chamadas por Pedro de "heresias de perdição" (2 Pe 2.1), por tratar-se de ensinos contrários às doutrinas bíblicas.
A Igreja, como fazem as sentinelas, deve manter-se em constante vigilância para denunciar a aproximação ou o surgimento de elementos estranhos ao Evangelho. É seu dever combater as heresias: "Retendo firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso, tanto para admoestar com a sã doutrina, como para convencer os contradizentes" (Tt 1.9).
Sábado, grego sabbaton, hebraico shãbath, tem em sua raiz o significado de cessação de atividade. Segundo o Dicionário VINE, "a idéia não é de relaxamento ou repouso, mas cessação de atividade". A conotação com o descanso físico vem pelo fato de que a suspensão dos trabalhos proporciona descanso, e porque Deus destinou o sétimo dia não só para repouso e memorial do término de sua criação, mas como dia de culto, adoração e comunhão com Ele (Ex 16.27; 31.12-17).
A primeira referência bíblica sobre o sétimo dia está em Gênesis 2.2-3 que fala do descanso de Deus no shãbath. O "descanso" de Deus não quer dizer que Ele ficou cansado, mas que suspendeu sua atividade criadora. O princípio da criação do shãbath é destinar um dia ao repouso e ao exclusivo culto ao Senhor: "Seis dias trabalharás, mas o sétimo dia será o sábado do descanso solene, santo ao Senhor" (Êx 31.15).
Deus incluiu o sábado nos Dez Mandamentos, lembrando que "em seis dias fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo que neles há, e ao sétimo dia descansou" (Êx 20.8-11). O castigo para quem violasse o sábado era a morte (Ex 31.12-17). Portanto, o castigo está associado à guarda do sábado. Para que haja coerência de procedimentos, quem guarda o sábado deveria, no caso de violação, aceitar o castigo correspondente. A guarda desse dia e o castigo pela desobediência são ordenanças de Deus e fazem parte da Antiga Aliança.
O sábado era um sinal, como o foi a circuncisão, entre Deus e os filhos de Israel, assim como o arco era um sinal do pacto com Noé. Vejam a similitude que há nessas ordenanças: Arco: "Este é o sinal da aliança que ponho entre mim e vós, e entre toda a alma vivente, que está convosco, por gerações eternas...será por sinal entre mim e a terra" (Gn 9.12-13). Circuncisão: "Esta é a minha aliança, que guardareis entre mim e vós, e a tua descendência depois de ti... e circundareis a carne do vosso prepúcio, e isto será por sinal da aliança entre mim e vós. E o homem incircunciso...será extirpado do seu povo" (Gn 17.10,11,13). Sábado: "Tu, pois, fala aos filhos de |Israel, dizendo: Certamente guardareis meus sábados, porquanto isso é um sinal entre mim e vós nas vossas gerações, para que saibais que eu sou o Senhor, que vos santifica. Portanto, guardareis o sábado...aquele que o profanar, certamente morrerá" (Êx 31.13-14). A instituição do sábado está associada à lembrança da libertação da escravidão egípcia (Dt 5.15; Ez 20.10-20).
Tais leis foram sombras das coisas futuras. Embora estabelecidas como estatuto perpétuo, como também a páscoa, a queima de incenso, o sacerdócio levítico e ofertas de paz, vigoraram até o estabelecimento do novo pacto em Cristo Jesus. Vejamos:
"E, quando vós estáveis mortos nos pecados e na incircuncisão da vossa carne, vos vivificou juntamente com ele, perdoando-vos todas as ofensas" (Cl 2.13).
O homem não pôde, pela lei, livrar-se da morte do pecado. Ninguém, até hoje, conseguiu cumprir fielmente toda a vontade de Deus expressa na lei. Cristo veio para nos livrar das penalidades da lei, visto que estamos não debaixo da lei, mas debaixo da graça (Rm 6.14).
"Havendo riscado a cédula que era de alguma maneira contra nós nas suas ordenanças, a qual de alguma maneira nos era contrária, a tirou do meio de nós, cravando-a na cruz" (Cl 2.14).
O "ministério da morte", como é chamada a lei mosaica (2 Co 3.7), não deu vida ao homem; apenas revelava o seu estado pecaminoso "Logo, para que é a lei? Foi ordenada por causa das transgressões, até que viesse a posteridade a quem a promessa tinha sido feita. Porque, se fosse dada uma lei que pudesse vivificar, a justiça, na verdade, teria sido pela lei. Mas a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes. Mas, antes que a fé viesse, estávamos guardados debaixo da lei, e encerrados para aquela fé que se havia de manifestar. De maneira que a lei nos serviu de aio, para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados. Mas, depois que veio a fé, já não estamos debaixo da lei. Porque todos sois filhos de Deus pela fé em Cristo Jesus" (Gl 3.19-26).
A lei de Moisés serviu para nos conduzir a Cristo. As palavras do Apóstolo, como acima, falam por si sem necessitar muitos esclarecimentos. A lei foi um estágio necessário, como necessários são os primeiros degraus de uma escada pelos quais alcançamos o ponto mais elevado. Ao morrermos com Cristo, morremos para a lei. A lei não alcança os mortos. "Agora estamos livres da lei, pois morremos para aquilo em que estávamos retidos, a fim de servirmos em novidade de espírito, e não na velhice da lei" (Rm 7.1,4,6). Por isso, Jesus cravou na cruz as ordenanças que de certo modo eram contra nós. Agora vivemos não segundo o ministério da condenação, mas segundo o do Espírito. "Se o ministério da condenação foi glorioso, muito mais excederá em glória o ministério da justiça". O Apóstolo diz que as antigas ordenanças eram transitórias, e foram abolidas por Cristo (2 Co 3.7-14). Os crentes da atualidade não são guiados pela lei, mas pelo Espírito.
"Portanto, ninguém vos julgue pelo comer, ou pelo beber, ou por causa dos dias de festa, ou da lua nova, ou dos sábados, que são sombras das coisas futuras, mas o corpo é de Cristo" (Cl 2.16-17). A guarda do sábado semanal, sombra do que viria, apontava para Cristo. Se a instituição do sábado nos fazia lembrar da saída do Egito, nossa atenção agora está centralizada na libertação que há em Jesus. Os "sábados" de Colossenses 2.16 não são sábados festivos; são sábados semanais, sem dúvida. Os festivos estão inclusos em "dias de festa". Em Ezequiel 20.12 e 44.24 também encontramos "meus sábados" referindo-se aos sábados semanais. De igual modo, Êxodo 31.13 alude aos "meus sábados", numa referência ao sétimo dia de descanso e culto. Então, a guarda do sábado foi uma "sombra das coisas futuras", mas a realidade está em Cristo. De acordo com isso está o teólogo adventista Samuele Bacchiocci, que afirmou:
"O consenso unânime de comentaristas é que essas três expressões ["dias de festa", "lua nova" e "sábados"] representam uma lógica e progressiva seqüência (anual, mensal e semanal). Este ponto de vista é válido pela ocorrência desses termos...Um outro significativo argumento contra os sábados cerimoniais é o fato de que estes já estão incluídos nas palavras dias de festa (ou festividades - no original)... esta indicação positivamente mostra que a palavra SABATON como é usada em Cl 2.16 não pode referir-se aos sábados cerimoniais anuais (From Sabbath Sunday - Do Sábado para o Domingo - Samuele Bacchiocci, 1977, p. 359-360. Fonte: Bíblia Apologética).
Leiam a seguinte promessa: "E farei cessar todo o seu gozo, as suas festas, as suas luas novas, e os seus sábados, e todas as suas festividades" (Os 2.11; cf. Cl 2.14,16). Vamos ver o que mais a Nova Aliança diz a respeito da anterior:
"O mandamento anterior é anulado por causa da sua fraqueza e inutilidade. Pois a lei nunca aperfeiçoou coisa alguma, e desta sorte é introduzida uma melhor esperança, pela qual chegamos a Deus" (Hb 7.18-19). Só chegaremos a Deus pela aceitação dos termos da Nova Aliança, isto é, pela graça, mediante a fé em Jesus (Jo 3.15-18; Rm 10.9; Ef 2.8-9). A salvação do ladrão na cruz é exemplo. Foi salvo não pelo cumprimento da lei, mas por graça e fé (Lc 23.46).
O Novo Testamento diz que Cristo "alcançou ministério tanto mais excelente, quanto é mediador de um melhor concerto que está confirmado em melhores promessas. Porque, se aquela primeira fora irrepreensível, nunca se teria buscado lugar para a segunda. Dizendo Nova Aliança, envelheceu a primeira. Ora, o que foi tornado velho, e se envelhece, perto está de acabar" (Hb 8.6,7,13).
Mas, se a lei foi abolida em Cristo, então podemos matar, cometer adultério, desobedecer a nossos pais? A resposta precisa ser encontrada no Novo Concerto, que ratificou os Dez Mandamentos, exceto a guarda do sábado. Em nenhuma parte do Novo Testamento encontraremos a ordem para reservar o sétimo dia. Vejamos o Decálogo e a correspondente instrução na Nova Aliança: "Não terás outros deuses diante de mim" (At 14.15); "não farás para ti imagem de escultura" (1 Ts 1.9; 1 Jo 5.21); "não tomarás o nome do Senhor teu Deus em vão" (Tg 5.12); "Lembra-te do dia do sábado para o santificar" (não mencionado no NT); "honra teu pai e a tua mãe" (Ef 6.1); "não matarás" , "não adulterarás", "não furtarás", "não cobiçarás" (Rm 13.9); "não dirás falso testemunho" (Cl 3.9).
Quanto ao mandamento de não fazer imagem de escultura, sabatistas por vezes alegam não haver mandamento correspondente e explícito no Novo Testamento, porquanto, dizem, a palavra "ídolo" (1 Jo 5.21) não significa imagem de escultura. Quanto a isso, observem o que diz o conceituado Dicionário VINE: "Ídolo (eidolon), primariamente "fantasma" ou "semelhança" (derivado de eidos, "aparência", literalmente, "aquilo que é visto"), ou "idéia, imaginação", denota no Novo Testamento; (a) "ídolo", imagem que representa um falso deus (At 7.41; 1 Co 12.2; Ap 9.20); (b) "o falso deus" adorado numa imagem (At 15.20; Rm 2.22; 1 Co 8.4,7; 10.19; 2 Co 6.16; 1 Ts 1.9; 1 Jo 5.21)".
Cabe salientar que prevalecem os princípios éticos e morais do Antigo Testamento, ratificados e, em alguns casos, aperfeiçoados no Novo Concerto. "Cada um desses princípios contidos nos Dez Mandamentos é restabelecido num outro contexto no Novo Testamento, exceto, é claro, o mandamento para descansar e cultuar no sábado". Jesus não fazia distinção entre leis morais e leis cerimoniais. É possível fazer-se esta divisão para melhor compreensão, mas ela não está definida na Bíblia. Ele afirmou que não veio anular a lei, mas cumpri-la (Mt 5.17). Em seguida, cita o sexto mandamento, "não matarás" (v.21); o sétimo, "não adulterarás" (v.27); o nono, "não dirás falso testemunho" (v.33); cita Levítico 24.20 "olho por olho, dente por dente"; cita Levítico 19.18 sobre o "amor ao próximo". Logo, a "lei" a que se referiu Jesus não diz respeito somente aos Dez Mandamentos, mas abrange o Pentateuco. "A lei é termo comum entre os judeus para a primeira das três divisões das Escrituras hebraicas, isto é, os cinco livros do Pentateuco.
Jesus cumpriu cabalmente a lei, em Sua vida, pela observação constante de seus preceitos; em Seus ensinos, pela pregação da ética do amor que cumpre a lei (Rm 13.10) e em Sua morte, pela satisfação de suas exigências" (O Novo Comentário da Bíblia - Vol. II, Edições vida Nova, 1990, p. 953). Porque em sua vida cumpria a lei, era costume de Jesus participar dos cultos, aos sábados, nas sinagogas de sua cidade natal (Lc 4.16). Após a cruz, "pela lei ninguém será justificado diante de Deus, porque o justo viverá pela fé. Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós" (Gl 3.11,13).
Se alguém deseja guardar o sábado, que o faça segundo prescreve o Antigo Testamento, assim: não ferver ou assar comida (Êx 16.23); não sair de casa nesse dia (Êx 16.29); não acender fogo (Êx 35.3); não viajar (Ne 10.31); não carregar peso (Jr 17.21); não exercer o comércio (Am 8.5). A violação de tais preceitos torna o infrator sujeito à maldição da lei e à pena de morte (Êx 31.15; Dt 27.11-28; Gl 5.1-5; Tg 1.23; 2.10).
Pelas obras da lei nenhuma carne será justificada, porque pela lei vem o conhecimento do pecado. Ela revela o pecado e condena o homem. Em Cristo, se manifestou a justiça de Deus pela fé em Jesus Cristo. Foi impossível ao homem cumprir totalmente os itens da lei, sem qualquer fracasso, pois "maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las". Cristo, com sua morte expiatória, fez-se maldição em nosso lugar (Gl 3.10-13). Por isso, a Bíblia diz que todos pecaram (Rm 3.20-23). No antigo concerto, a salvação tinha por base a fé expressa pela obediência à lei de Deus e ao sistema sacrificial.
Mas um novo concerto ou novo testamento, com melhores promessas, foi levado a efeito por Jesus Cristo mediante sua morte e ressurreição (Jr 31.31-34).
Os adventistas, regra geral, são sabatistas, mas parece não haver um consenso. Entre 1955 e 1956, o dr. Walter Martin, apologista da fé cristã, entrevistou 250 conceituadíssimos líderes adventistas. O resultado dessas entrevistas foi publicado no livro "Adventistas do Sétimo Dia Respondem Perguntas sobre Doutrina", de 720 páginas. Esses destacados líderes concluíram o seguinte: 1) Sabatismo: A guarda do sábado não propicia salvação. O cristão que observa o domingo não está em pecado. Não é cúmplice do papado. 2) Ellen G. White: Os escritos de Ellen White [profetiza do adventismo] não devem ser colocados em pé de igualdade com a Bíblia. 3) Santíssimo: Cristo entrou no Lugar Santíssimo por ocasião de sua ascenção, e não em 22 de outubro de 1844. Assim, as doutrinas do santuário celestial ser purificado e do juízo investigativo não tinham base bíblica.
Em decorrência dessa posição, "houve sérias controvérsias no seio da Igreja Adventista do Sétimo Dia, dando origem a dois movimentos: o tradicional e o evangélico. O primeiro recusava-se a abrir mão das posições acima, pois aceitá-las comprometeria a exclusividade da IASD como o ´remanescente´, a única e verdadeira igreja de Cristo. O segundo advogava os conceitos expressos no Questions on doctrine. Estes não queriam deixar a IASD, apenas queriam uma reforma nas questões teológicas nada ortodoxas. Conclui-se que o Adventismo com o qual o Dr. Walter Martin dialogou e aceitou como cristão não é mais o mesmo que presenciamos aqui no Brasil, pois rompeu com tudo aquilo abordado no Questions on doctrine. Entretanto, não se pode negar que há dentro da IASD aqueles que almejam o retorno às formulações esboçadas e defendidas no referido livro" (Dicionário de Religiões, Crenças e Ocultismo - George A. Mather, Vida, 2.000, p. 194).
Os apóstolos elegeram o primeiro dia da semana como o dia do Senhor: "No primeiro dia da semana, reunindo-se os discípulos para partir o pão, Paulo, que havia de sair no dia seguinte, falava com eles, e prolongou o seu discurso até à meia noite (At 20.7; v. 1 Co 16.2). Aqui vemos o registro da celebração da Ceia do Senhor num domingo, um dia de culto. O Apóstolo João revela que foi "arrebatado em espírito no dia do Senhor" (Ap 1.10), referindo-se ao domingo, dia da ressurreição de Jesus (Lc 24.1) e do seu aparecimento aos discípulos (Jo 20.19; Lc 24.13,33,36).
A vontade de Deus é que aceitemos e vivamos segundo os termos do novo concerto. As provisões necessárias à nossa salvação não estão na antiga aliança, nem na obediência às suas leis e ao seu sistema de sacrifícios. A lei funcionou como tutor do povo até que viesse a salvação pela fé em Cristo. Desprezar a lei? Não. O Novo Testamento cuidou de revitalizar os princípios éticos e morais da lei, modificando uns, confirmando letra por letra outros, excluindo muitos. A salvação na nova aliança está consolidada na morte expiatória de Cristo, na sua ressurreição gloriosa e no privilégio de, pela fé, pertencermos a Ele.
Quase toda a instrução dos capítulos 3, 4 e 5 de Gálatas aborda a questão da lei e do evangelho, donde se conclui que: 1) A lei foi ordenada por causa das transgressões, ATÉ que viesse a posteridade (3.19). 2) A lei não pôde comunicar vida; por isso, a Escritura encerrou tudo debaixo do pecado, para que a promessa pela fé em Jesus Cristo fosse dada aos crentes. 3) A lei serviu para nos conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados, não pela fé na obediência à lei. 4) Depois que a fé veio, já não estamos debaixo da lei, mas da graça (3.25).
5) Cristo veio para libertar os que estavam debaixo da lei. Não somos mais meninos necessitados de tutores, reduzidos à escravidão. Agora somos filhos de Deus (4.1-7). 6) Não mais estamos sujeitos a guardar dias, meses e anos, rudimentos fracos e pobres aos quais alguns querem continuar servindo (4.9-10). 7) Somos filhos não da escrava Agar, que simboliza o velho concerto. Somos filhos da promessa, como Isaque. Lancemos fora a escrava e seu filho, porque, "de modo algum, o filho da escrava herdará com o filho da livre" (4.21-31). 8) Não devemos retornar ao jugo da servidão, pois Cristo nos libertou (5.1). 9) Os que buscam justificação na lei, separados estão de Cristo (5.4).
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COMO DERRUBAR VÁRIAS HERESIAS
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De uma só Cajada
“Hoje estarás comigo no paraíso” (Lucas 23.43). Com esta afirmação de
Jesus ao ladrão crucificado podemos demolir pretensões de vários
contradizentes. Vejamos.
Aquele homem, ao crer em Jesus e clamar por misericórdia, foi imediatamente perdoado.
Além disso, ficou sabendo que logo após sua morte iria descansar em paz. Segundo a doutrina católica do purgatório, ele seria imediatamente jogado numa espécie de masmorra, onde passaria um bom tempo, até que as rezas movessem o coração de Deus. Qual a doutrina certa? A dos homens ou a de Jesus? O purgatório também não existiu para Estêvão, que antes de morrer entregou seu espírito a Jesus (At 7.59).
Os exterminadores dizem que a alma sucumbe com o corpo na sepultura. Em outras palavras, dizem que a parte imaterial do homem não sobrevive, morre com o corpo. Ora, o corpo do ladrão iria ficar no túmulo, mas seu espírito iria para o paraíso. Alegam alguns mortalistas que as coisas não são bem assim, pois Jesus não subiu naquele mesmo dia. Esquecem que onde está o Pai está o Filho. Leiam: “Eu e o Pai somos um”; “Quem me vê a mim, vê o Pai”; “Ninguém VEM ao Pai senão por mim”. Jesus também disse que não deveríamos temer os que matam o corpo mas não podem matar a alma (Mt 10.28). Mais uma vez declara a imortalidade da alma. Foi isso o que aconteceu com Estêvão e com o ladrão na cruz. Mataram o corpo, mas o espírito sobreviveu. Jesus nos ensinou uma realidade espiritual através da parábola do rico e Lázaro (Lc 16.19-31). Ali está dito que o corpo desce ao pó e o espírito segue seu destino.
O mormonismo ensina e pratica o batismo pelos mortos. Consiste em se batizar alguém que já morreu. Como não se pode batizar um espírito, um mórmon faz as vezes do falecido. Acho que não existe uma heresia mais braba do que esta. Talvez se iguale a esta, em extravagância, o ato de urinar em pontos estratégicos de uma cidade para marcar território, ou a do uso de sal grosso para afastar demônios. Pois bem, Jesus teria se esquecido de batizar o ladrão? Aferram-se os contradizentes à tese de que Jesus continua evangelizando os espíritos em prisão. Deduzem que os espíritos convertidos deverão descer às águas. Como espírito por óbvias razões não pode ser molhado e não existe água no mundo espiritual, Jesus espera que a sua igreja batize os mortos.
Ao afirmar a salvação do ladrão, Jesus tinha certeza de que alguém iria batizá-lo dois mil anos depois? Como ele foi direto para o paraíso sem batismo? (Lucas:23:43)
Segundo a doutrina espírita da reencarnação, referido ladrão deveria voltar à terra inúmeras vezes, nascer, morrer, nascer de novo até o total pagamento de sua dívida. Nada disso aconteceu. Jesus desconhecia esses nascimentos e mortes. O perdão de Jesus foi total e incondicional. Estêvão com certeza também não sabia que para chegar ao céu teria de enfrentar muitas vicissitudes, pois entregou seu espírito diretamente a Jesus. O rico e o pobre, como ensinou Jesus (Lc 16.19-31), também não tiveram que “sofrer” encarnações. O profeta Elias foi direto para o céu, sem ter que penar em outras vidas (2 Rs 2.1,11 –
Será que Jesus se esqueceu de que aquele homem crucificado a seu lado estava cheio de maldições hereditárias que deveriam ser quebradas antes de sua subida para o paraíso? E Estêvão? E Elias? Os apóstolos em suas primeiras pregações teriam se esquecido desse detalhe tão importante? Nada disso. A pior maldição é ser descrente. Os que não creem já estão amaldiçoados e condenados (Jo 3.18). Em Jesus, todos os vínculos satânicos, algemas, laços, pactos e maldições são quebrados, pois “se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36).
Ao perdoar os pecados do ladrão e garantir sua salvação, Jesus estaria agindo como um lunático ou mentiroso? Não é mais razoável admitir que só quem perdoa pecados é Deus e que naquele momento quem estava perdoando era verdadeiramente o Deus encarnado? Como Jesus poderia garantir a salvação daquele homem se Ele realmente não fosse Deus? Ouçam: “Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo estou convosco e não me conheces, Filipe? Quem me vê, vê o Pai. Como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (Jo 14.8-9. V. Jo 1.1,2,3,4,14).
“Deve reter firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso tanto para admoestar na sã doutrina como para convencer os contradizentes” (Tt 1.9).
Purgatório
Aquele homem, ao crer em Jesus e clamar por misericórdia, foi imediatamente perdoado.
Além disso, ficou sabendo que logo após sua morte iria descansar em paz. Segundo a doutrina católica do purgatório, ele seria imediatamente jogado numa espécie de masmorra, onde passaria um bom tempo, até que as rezas movessem o coração de Deus. Qual a doutrina certa? A dos homens ou a de Jesus? O purgatório também não existiu para Estêvão, que antes de morrer entregou seu espírito a Jesus (At 7.59).
Mortalidade da alma
Os exterminadores dizem que a alma sucumbe com o corpo na sepultura. Em outras palavras, dizem que a parte imaterial do homem não sobrevive, morre com o corpo. Ora, o corpo do ladrão iria ficar no túmulo, mas seu espírito iria para o paraíso. Alegam alguns mortalistas que as coisas não são bem assim, pois Jesus não subiu naquele mesmo dia. Esquecem que onde está o Pai está o Filho. Leiam: “Eu e o Pai somos um”; “Quem me vê a mim, vê o Pai”; “Ninguém VEM ao Pai senão por mim”. Jesus também disse que não deveríamos temer os que matam o corpo mas não podem matar a alma (Mt 10.28). Mais uma vez declara a imortalidade da alma. Foi isso o que aconteceu com Estêvão e com o ladrão na cruz. Mataram o corpo, mas o espírito sobreviveu. Jesus nos ensinou uma realidade espiritual através da parábola do rico e Lázaro (Lc 16.19-31). Ali está dito que o corpo desce ao pó e o espírito segue seu destino.
Batismo pelos mortos
O mormonismo ensina e pratica o batismo pelos mortos. Consiste em se batizar alguém que já morreu. Como não se pode batizar um espírito, um mórmon faz as vezes do falecido. Acho que não existe uma heresia mais braba do que esta. Talvez se iguale a esta, em extravagância, o ato de urinar em pontos estratégicos de uma cidade para marcar território, ou a do uso de sal grosso para afastar demônios. Pois bem, Jesus teria se esquecido de batizar o ladrão? Aferram-se os contradizentes à tese de que Jesus continua evangelizando os espíritos em prisão. Deduzem que os espíritos convertidos deverão descer às águas. Como espírito por óbvias razões não pode ser molhado e não existe água no mundo espiritual, Jesus espera que a sua igreja batize os mortos.
Ao afirmar a salvação do ladrão, Jesus tinha certeza de que alguém iria batizá-lo dois mil anos depois? Como ele foi direto para o paraíso sem batismo? (Lucas:23:43)
Reencarnação
Segundo a doutrina espírita da reencarnação, referido ladrão deveria voltar à terra inúmeras vezes, nascer, morrer, nascer de novo até o total pagamento de sua dívida. Nada disso aconteceu. Jesus desconhecia esses nascimentos e mortes. O perdão de Jesus foi total e incondicional. Estêvão com certeza também não sabia que para chegar ao céu teria de enfrentar muitas vicissitudes, pois entregou seu espírito diretamente a Jesus. O rico e o pobre, como ensinou Jesus (Lc 16.19-31), também não tiveram que “sofrer” encarnações. O profeta Elias foi direto para o céu, sem ter que penar em outras vidas (2 Rs 2.1,11 –
Maldição hereditária
Será que Jesus se esqueceu de que aquele homem crucificado a seu lado estava cheio de maldições hereditárias que deveriam ser quebradas antes de sua subida para o paraíso? E Estêvão? E Elias? Os apóstolos em suas primeiras pregações teriam se esquecido desse detalhe tão importante? Nada disso. A pior maldição é ser descrente. Os que não creem já estão amaldiçoados e condenados (Jo 3.18). Em Jesus, todos os vínculos satânicos, algemas, laços, pactos e maldições são quebrados, pois “se o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (Jo 8.36).
A negação da divindade de Jesus
Ao perdoar os pecados do ladrão e garantir sua salvação, Jesus estaria agindo como um lunático ou mentiroso? Não é mais razoável admitir que só quem perdoa pecados é Deus e que naquele momento quem estava perdoando era verdadeiramente o Deus encarnado? Como Jesus poderia garantir a salvação daquele homem se Ele realmente não fosse Deus? Ouçam: “Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. Respondeu-lhe Jesus: Há tanto tempo estou convosco e não me conheces, Filipe? Quem me vê, vê o Pai. Como dizes tu: Mostra-nos o Pai?” (Jo 14.8-9. V. Jo 1.1,2,3,4,14).
“Deve reter firme a fiel palavra, que é conforme a doutrina, para que seja poderoso tanto para admoestar na sã doutrina como para convencer os contradizentes” (Tt 1.9).
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JOSÉ, "O FIEL"
JOSÉ,
"O FIEL"
Bisneto de Abraão, "o amigo de Deus"; neto de Isaque, "o filho da promessa"; filho de Jacó, "o príncipe de Deus, eis José, o "fiel".
Tinha cerca
de seis anos na ocasião de sua família sair de Padã-Harã para Siquém onde morou
perto de oito anos. Estava aproximadamente com dezesseis anos quando Raquel,
sua mãe, faleceu ao dar à luz seu irmão, Benjamim. Sua história é a da evolução
de uma família, havendo nesse relato um variado tempero onde ressaltam a
ambição, a juventude, a beleza, a tentação, a mentira, o sofrimento, a
tristeza, o ciúme, o ódio, o perdão. Todos os elementos de um grande romance.
É deste modo que José passou à história dos judeus como figura ideal representando a fidelidade, a obediência e o amor que perdoa. Caráter de muitas virtudes, portanto, e exemplo recomendável, "uma carreira recomendável" disse H. I. Hester. Era generoso, tinha ideais elevados, vida limpa, altruismo e espírito de perdão.
É deste modo que José passou à história dos judeus como figura ideal representando a fidelidade, a obediência e o amor que perdoa. Caráter de muitas virtudes, portanto, e exemplo recomendável, "uma carreira recomendável" disse H. I. Hester. Era generoso, tinha ideais elevados, vida limpa, altruismo e espírito de perdão.
POÇO (Gn 37.12-28)
Dos doze filhos de José, era o favorito,1 e esta é, ao lado de todas as já mencionadas qualidades naturais e por adquirir, a aventura de um adolescente mimado, filho de fazendeiro, rico, vendido como escravo pela inveja dos irmãos, e que, por fim, se sai muito bem como administrador público. Tinha seus dezessete anos2 não era perfeito, pelo contrário, apresentava um toque de ingenuidade e outro de orgulho (talvez por ser dos filhos de Jacó, o único que não era das escravas, ou de Léia, a esposa em segundo plano). O fato é que, predileto do pai, ficava muitas vezes em casa enquanto os outros irmãos se esgotavam de trabalho no campo.
Algumas situações minaram a amizade e boa vontade entre os filhos de Jacó. Uma foi o péssimo hábito de José de ser o "leva-e-traz"da família.3 A túnica de várias cores, de mangas longas e que ia até os calcanhares dada por Jacó a José4 é roupa de nobre, de chefe tribal, e dá-la ao filho de Raquel foi evidente sinal de parcialidade.5 Jacó, aliás, era mestre na parcialidade: "amou a Raquel muito mais do que a Léia",6 assim, amava o filho mais velho de Raquel mais que os outros. Na casa de seu pai, o favoritismo causara problemas: Esaú era favorito de Isaque; Jacó o era de Rebeca. Por outro lado, essa roupa não era adequada para trabalhar no campo mas nas lides de casa. A terceira situação foram os sonhos que José tivera, e contara aos irmãos e ao pai.7 É; José não sabia mentir, e por essa razão, por sua ingenuidade e imprudência, perdera a amizade dos irmãos.8
Contar um sonho não era só um passatempo entre os antigos orientais. A realidade é que quem o fazia era apresentado como privilegiado, conhecedor do futuro, um mestre autorizado. A reação dos irmãos, portanto, foi pertinentíssima para o povo que naquele tempo era tão afetado pelos sonhos. Hoje, o psicanalista lê o passado nos sonhos; na época dos patriarcas, lia-se o futuro. José foi até apelidado de "o Sonhador"(em hebraico se diz "o Mestre dos Sonhos", "o Senhor dos Sonhos").
Indo procurar os irmãos no campo (estavam em Dotã, 140 km de Hebron), repetem-se as linhas da história de Caim e Abel. Por intervenção de Rúben, a vida de Jacó foi poupada, mas, colocado num poço, terminou por ser vendido a uma caravana de ismaelitas (ou midianitas) que se dirigia ao Egito. Jacó foi vendido por 20 siclos de prata, o preço normal de venda de um escravo.9
POTIFAR (Gn 39.1-19)
Comprado por um militar, comandante do destacamento da guarda real chamado Potifar [em egípcio Pet-Pa-Ra = "dedicado a Ra (o deus Sol)]", vai para sua casa. Rica mansão, muitos criados, e por conta de seu trabalho, chega à função de mordomo. É homem de confiança: a casa do capitão Potifar está em excelente mãos! José não precisava de mais nada. É observador, meticuloso, cuidadoso; aprende a língua e os costumes do Egito. Onde punha a mão, crescia.10
No entanto, como "não há paraíso sem serpente", com a entrada da mulher de seu senhor em cena, a atmosfera muda. É uma mulher sedutora, insinuante, cheia de paixão. Mas não deixou nome na história; é conhecida apenas como "a mulher de Potifar". Não sabemos seu nome, aparência ou idade: surge anonimamente, e some anonimamente; não sabemos se tinha filhos, mas tenta seduzir o jovem José. Falha porque José a enfrenta com a mente, consciência e vontade. Vinga-se. Desaparece. Bem que Provérbios fala disso em 5.3-6, 8.20. Sem culpa, José é levado outra vez ao pó.
PRISÃO (Gn 39.20 - 41.36)
Não parece ser uma historia de muito futuro. Afinal, fora vendido, caluniado e, agora, encarcerado.
As prisões no Egito tinham três funções: eram cárceres (como hoje), reservas de trabalhos forçados (fornecendo mão-de-obra gratuita para as construções) e casa de detenção onde aqueles em prisão preventiva esperavam o julgamento, que era o caso de José. Pois, se Abraão teve Moriá como ponto marcante de crescimento e amadurecimento, se Jacó teve Peniel, José tem a prisão do Egito. Ali passou três longos anos, pois precisava amadurecer para funções mais elevadas. Estudou o caráter dos criminosos, dos prisioneiros de guerra de diferentes partes do mundo; conheceu funções da corte. Que extraordinária escola de administração!
Deus continua a abençoá-lo:
"O Senhor, porém, era com José, estendendo sobre ele a sua benignidade e dando-lhe graça aos olhos do carcereiro,"11
e ele recomeça sua lenta ascensão. Tornou-se imediato do comandante da prisão. É posição de liderança e responsabilidade:
"E o carcereiro não tinha cuidado de coisa alguma que estava na mão de José, porquanto o Senhor era com ele, fazendo prosperar tudo quanto ele empreendia".12
Nesse tempo, o copeiro-mor e o padeiro-mor do palácio são enviados para a prisão. Têm cargo de importância na corte, mas corrupção no governo já existia, e os dois são confiados a José. Sonham... O sonho do copeiro-mor está registrado em Gênesis 40.9-11, o do padeiro-mor em 40.16,17. José os interpreta (tudo creditando a Deus13), e os sonhos efetivamente se cumprem.
PODER (Gn 41.37 - 50.26)
Dois anos se passam, e agora o próprio rei tem um sonho.14 Mas os adivinhadores, os sábios, os mestres não sabem interpretá-lo (serão sacerdotes do deus Ra?15). O copeiro-mor lembra-se de José, que foi mandado buscar. O moço é preparado para ser apresentado ao Faraó: traja-se à moda egípcia, tira a barba (judeus a usavam), veste roupa limpa, e vai ao palácio.
Interpreta o sonho,16 e recomenda ao rei que indique alguém para gerenciar a armazenagem de comida para os sete anos de fracas colheitas, fomes e recessão. O governante fica tão impressionado que o próprio José é nomeado para a função.
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